A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.158, abril

DUVI DA ~ EUS meu ! r o i~ é poss ível qu e não ten ha g,s;]; comprehend ido a inja ? E ' poss i,·el que, a o passa r po r m :m, 11 ão ouça as panca · das. fo rt es do me u co ração? ..;: e lh e torno a mão delg ada ac ho· a s em pre impa~ s i,·el. Jama is es tremeceu den tro eia m inha essa pequeni · n a mão. ly ri o nevado , de cinco petil las , que pe rfuma o ade us . Olh1·a q uando a ve jo di s tr -ih ida; ma is ci ' uma vez seus ol hos m e têm s o rµrehenJi· do nes sa cont em pla– ção s em , tqd av ia, de· m ons t rarP.m ha ver per· cebicio o que se pas– "ª •em !'J inh'alma. Que h '! i de f;izer pa ra q ue e lla s aiba de, meu ;í;nor ? Como ôizer– lh 'o? Se a vejo a ndar s igo-lhe os passos, :-i s flores de que e:ln fa la i-:ã o as 111inh;1s flore s , o que ell a fec.te, i a eu Amo. '1eus meu! pt>is é possíve l q ue n ão ten h a comp rehend ido a inda? ~ S eu nome nã o me sn he dos lnhios, n:io o pronun cio alto -asp iro-o. le,·o-o á · m i.nh ';, lmn, como um can to, p2rq acal enta i- a e, no meu co· ra ção, como em .u:n- · berço , min h 'a lrn a ado rine– ce em ba lada po r esse ca nto. A's ve zes tenho ím pe tos de confessa r-l he tudo--olh o-a, ma en– cont ro o s eu olha r tão frio que . . . Deus meu ! r ois é rc ssivel que niio l en ha com prehen– dic.o ,ii nda ? A ' noite enche o me u r ens ament o essa g éli da e~ta tu a : ~ão os !'eus ol hos, é a s ua bocca, !'ão os s eus c!l– bel los, é o seu rn rri – so, é a s ua voz. é o SHI a ndar . . . Como ca be rn ta nt as s educ– ções em uma só n u· lh er e po rque n ão tens for ç,1 , co ra-;ão, r a , a res is tir aos so rt ilr.g ios de~s e fo rmoso e de– sejado inferno? Vi ves na Thebaida do pe i· to . .. faze -te fo rt e, as • céta ! faze -te fo rte para q ue te n ão sed uzmn. mais os seus enc,i n– tos. Mas não-:ipen,1~ nuve s os seus passos ,J ficas su bmi sso e hn rn ilde e, para que cont enha s , as mais d vezes forças- me a ~V t tal -11. ' S em \'el a , !' int oa a u– sencia de mim mesmo, fa lta -me tud'> e luélo me aborrece; m a l a e n– contro es tremeço e so f· tro mal a enconli o. ·, Penso em ev ita i-a , pen · sn em e!'quecel-a mas... como se pode esq ue– ce , a pror ri :i vida ? // /11 .,/,·omos. ,,,, j,,. /'Riu /Wlf/ÍlllL r/'. I .'i /:'.1/ l.\',I ,.,,,11 ", ·1•/r11 /o 1/0 11 0..;.,·,, t!isliu c/fl 1111tiyu ,!,·. 1-'rtr m·i..;,·o ( 'rt1111111s. tli(I" " n//friHl tle !Jtthinf>/e do s,·, yur (>1·11 r1 1l11r ,/, , 1~·sltt,/u, /'e.\•.i.,·,jr, e m t!P8 ÍIHJll 4> 1111 .\' li, rfr, n11.,·s11 :y11,~i 1•t/ ,/,•.,, dr. 1·,, 111 .. Cert.a manhã a ho u– me p2llido; fal ·u-me. Que lhe di s se et1? não s ei. Melhor fô,:i q ue lhe hou vesse dndo a ra zão da m inha jMlli· J>os tlt>.,·/rltf·/ r, l'11/1·e 111is os 111,, i,,rf#s sy111J1Hl/1ios. T uclo tenho tent ado. . . Qua ndo e lla fa la in – ,-.J ino-me p11ra ou vi l-a e, se a vejo en, si le nc io , ,,; ollios baixos (ó pres umido coração!) chego 11 cuidar que ella, indifferente e fri a, pensa em m Lm. Deus n1Pi.J ! que hei de fa z er r,11ra que ella m e comprehe nda ? de z doentia. Se Ih : fa l,isse ? \fa s ... quem sabe ? Qu em s&be se ell a tambe rn não s offre ern s ilencio r s e tambem nflO procu ra em rn inh 'a lma o se u se· g rncto? · Por \ ezes ten ho-a sorprehendi ,io com os olhos neg ros fito s em mim. . . Quem sa be !"e ella ta mbern, á noite, recol hen,1o- s e, não ter:i ,

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