A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.156, abril

pondi:11nos. Chamava• se o li ndo rn.– paz, René de Bruntva l. Os ilias corriam felizes. Afi na l es· crevi -lhe di,:endo que flzes ·e o pos– sível para dar- se com· n·,inha mãe. pois assir.1 seria mai rfacil a no~sa união. Ren é deu-me como resposta um ><orriso sem confort". amargura· elo, la~cinanle . .. Eu não o c0mpre– hendi. Uma vez ceiavamos. ·Meu pae gos– tnva de falar, e porisso contou: «Ima g inem que hoje assisti uma sce· 1,n. pouco commum. Um joven cha– mado René de . . . de . .. Bruneval, pedia a un, ami go meu emprego qualqu er, mPsmo de porteiro. . AchPi-o sy mpothico e offoreci-lhe um modesto lugar uqui. mas elle re– cusou deli cadamente e continuc•u insi tindo com o meu amig". Creio QO J impnllidece ouvindo isto. Pois não era esse o motivo do seu orriso de,lorido ? ! Era pohre, e eu desde esse dia, comecei a achal-o ri– dicalo, importuno» . .. A marqueza fez uma bre ve pausa para applicar os cuvidos; mas tudo estava em • ilencio, pn recia uma ha– bitação de mortos! Eu sentia-me mal. Olha va o rosto sereno e lindo da marqueza e nel:e nada havia de sobrenatural; mas ar– redava a vista e lá en cher,;ava a téla 1.úa, de onde e u a vira sahir! Era in,possível; parecia-me um sonho, un a viziio 1 Jdarie Izahe l continuou com cal– mo : « l'unltLtiriamcnte fui e quecen– do Hc>né; jú não tinha interesse em ver seu po rte g-e util que outr'ura me perturbava tau to; jl\ não me cuida va o i11tere~se de e ncontrar os olh" s so· n hadore daqnelle rapaz; seu sorriso rnelancholi co e lindo. já não me fa . zin sorrir lambem. Em c~1·to dia, meu pae levou com l:>ig,1 para .iant11i- o pallido sr. mar · quez Paul de Saint C luire. E o c– nho r sabe eomo essa e i- as come · ~·nm , disse a mnrf)u ez inh a com um orri so g rucio,o. i\l ezes dt'pOis, num!L ta rde esc urn <1ue pu ,ecia p re11und nr o faturo do,-; 11nb( 11te . e u cn~nva-w e com o mur – <1ue1.. i\l e u~ pn e~. radi a ntes, no vie– rnm deixbr at(i aqui , neste <'astell ,1 tão rne111o ra,·1>I pura mim . Quusi lllll Hllll O d a rrdnha nO\' IL vida ·o rre u fP.li z. ~la s ilia ,·e io Ili ttue nmnro-a des ill11 ão fez-rn r µe·n:e be r u qu e 11iio lh e e ru an,uda. A in – diffP11-11c;-u ~ n. n.rr11n n1 ni:s a<' irrou a aos corações 'Jll ~ a 111 "'· (d t1~• ,rr t •. 11 1t nr n nr,t,011ia ~il erwio– !'.a du 111i1,ha 11l.-uv11, pr01·11ra vo e111 vii o a •nu u .J e to<in a 111i11hn de,-; Vt•1tura. ::;,í n1ui ,. tn nl e ~ubP o ge nio e pc– d11I d r, 111anp1ez : tndo o quP lh e pu. rel'ta 111111:; fac·il, Pra do qu e n111i de– pre sa ·e e nfasti!wn. V i qu e o meu e rro f•) ra moslrar· mP inteiramente ·ubmi:<sa á s ua vonta d e apreze n– tar-me uma mn lli r que o amava com delirio. Deveria conserva r-me um t a nto a ltiva. um tanto myste 0 rio. a e in comprehensiv,~l. . . C'on t inuei numa profonda tristeza e. afin a l resig aei-me; cobrei um pou• co de org u 11: o e de di g nidade . Nessa nova phase, vivíamos com · O j uve11 /\dtwrdo ria Silvo /!e/,01·dcio. ;ollecido ulli11w 111e11/e 11p.1•/a COJ)ilal pl Ptunr ente separados, frio~, indif– fe rPntes. · t'e1tu vez. recordo· me bem , cabia muita neve na manhã. o campa da pr,rta 0011, e eu , sosinha, por ue a 111i11l,a doma le conrpanhiu auzen· tára·:,P, Jevantei·me e fui ver quem era. Maltrapilho. cadnverico, com os olhos baixos, um homem estendeu a . mão. Olhei-o attentamente; el1e, levRh– taud o < s olho . teve um repentino gesto de :rdmiraçíio, recuon e deitou a correr. "Meu coração baj;eu celere– mente, e e u niio 1te enganava: era. Ren é .. . Ah!, o 1le graçado não sabendo que eu morava. ulli • batera para ruen· d ignr ! Tuquei o timpano, e o crit1do que ni,µareceu sahiu em busca do infe– liz . Trouxe o: achara o de bruços na. ne,·e. Coitado! infundia compaixão o seu mi ero aspecto. Ordenei que trouxessem assencius pa.-a tornnl·o a si. Como sentia-me nngu~tiada ! Em poucos minutos René abriu os olhos; escondi-me. E lle ol hou admi– rado para a criar!11gem , que num re• boliço. acercara se-lhe com cnriosi· dade. Mus urna golphada de i:angue ter– mi1H,u a tosse que o sacudira. Dei um grito de pavo r e corri chorando. lodos me olhavam intrigados O pobre Reué lanc;-ou me um olhar, mixto ie odio e agradecimento, e ·omeçou a agonizar. Eu, meia louca, joguei-me para clle. Não senti ma is nada porque di!sn:aiára. Logo que tive a noção da vida, peri;untei pelo meuàigo. Disseram• we que morrêra havia . uma hora.. 1 ão pude dizer mais coisa alguma; o pranto suffocava-me. -········· ........ ··-- · 0000€ ..........···-· .... ·-··-···············- ················-···- -·······-··- V. LUI (1) ETUDE P YCOOLOOIQOR llli: LA FAMILLE. ("est lui, co nte111plez- le: Lurbulent, volontaire, cn nt•c tOU $, co11tre t nut-, pa rtant le nez au veut, ; importun, tapu gP.ur-. i111pudeut mo11squ etaire ; un an ge '}nelquefoi s. un dém rn plus ouvent, qui s· n1, pli,pre à cl'ier quand il fan d rnit se t:aire; q ui , 11it vo u ri ·e 1111 nez et 111ême vous dóment · ii qui vou s dona e rPz. si vc,us voul ez !ui plaire, ' lPtn 111hu11r, li>. pat in , 11:l fu ·il q u·il 1néte 11d. A,mat e ur ,le tnu ports, que chez vo11s il pratique, votre sa lon de,·ient pour ain si d ire . .. . un cirque !... "i\l ma r. la bo nne nu s i, 111t1me petit,e;; S<P urs, t ~ut ma r ·he à la hu g uett : uh! UI\ tymu pa. dous, L a vez vons recounu ? c ·ét nit moi et c' st vou rn nn g·ari;-o n ; ~ar pour nous: a ut l'éS tem ps mêmes m urs . 1) Le garço11 . Dr. A . Sti é v e nart

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