A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.154, março

Anno 1v Belem, 12 de março ée 1921 * Num. 154 REVISTA ILLUSTRADA R E:.OACTOR•CI-I EFE 1 U(RECTOR-PROPRIETARIO \ SECRETAR 10 ROCHA MOREIRA AL<J IDES SANTOS BIANOR PENALBER Toda a correspondencla deve ser dirigida a ALCIDES S.A NTOS • > -33-TRAVESSA 7 DE SETEMBR0-33 REDACTOR R E.DACTllll. ~ TELEPHONE, 27B Offi+ Edgar Proença D•Artagnan Cruz - .. A paz universal · Os effe itos damnnsos da m,– nu!nental conflagração curopéa, a crise a que a guerra arrastou lodo o U ni verso, afinal, não se rviram de exemplo ás nações que não se immiscuiram na ter– rível hecatombe, e que agora se lançam a esse verdádeiro jogo de az::ir, çois que, venc i– do ou vencedor, o paiz que hoje se ingressar nas pelejas sangren tas, apenas poderá as– s ignalai', no final da pugna, as ma is desr.strõ sa!:. consequencias. Entretanto, neste momento em que todo o globo deve arn– bicionar a paz, a fim de que 11s nações se refaçam da crise jecorrente da ultima grande guerra, eis que as republicas do Panamá e Costa Rica se pre– parnm para crudelíssimas pu• gnas, alheias que parecem á s ituação angus tiosa que esse encon tro de armas lh es flc,, rre– tará . Bem crient-ido SP- reve la o chronista de assum ptos g uerrei– ros. cujo nome não nos acó .le á memó ri a, o qw1I afArrnou que uma g uerra na actualid ad e apro– veita rá soniente aos paizes que negociam co '11 a rmamentos e que, s em luctas, não encontram coll ocação p;ira os pr') j i..!ctos de s ua industria. Primeiro, tensas estiveram as relações entre o Perú e o Chi– le. cujas tropas che.gara rn a se movimentar para as fronte:ras; dep0is, rapido foi o cho~ue que vei•J quebrar as relacões a té então amistosas que uniam o Panamá a Costa Rica, não sen– do para desprezar o surdo ru · mor que i;r.ocura ag itar a Ar– gentina contra o Brasil. acor- • da:ido no seio da op ini ão pu– blica portenh1, os sentimentos de rivalidade', que ella durante largo período a limentou contra a nossa patria. Acaso não haverá em toJa essa obra u:11 trab:ilho de sapa, de que ninguem se Aperceb·e? Ao que parer.e um niovimen– to intriguista, tanto ou mais nocivo que o bolchevismo des– trui ,for, trabalha a ruptura das relações d.os paizes q· 1e const;– tuern as Americas Central e do Sul, atiral"'do uns con-tra os out ~os rara um prelio, de que ape nas consequencias nefast<1s lhes advirão . Mas se assim é, para que s erve a Diplomacia ? qu al a uti – liclade da Li ~a ,!as Nações ? Terá porventura a obra eff\caz ci os diplomatas aberto fa llen~ia, após a g ue1ra munJ ial dos qua tro annos? Se, á a gra n Je Liga um congresso de theori– cos, que naja faz e nada pode qunnd0 uma nova hecatombe se annuncia? Se, realmente, o trabalho da Diplomacia é nenhum, se o s . s eus es'o r~·os se anull am de– ante da intriga que ferment.t a inimizade, ainja desta vez a rnão está com mestre Ruy, quando precon iza a paz, armada sem duvidn mais effi ciente, poi:a; que, assim, está um paiz sem– pre preparacio para as eventu– alidades da guerra. Ma is r. tilado do que parece talvez seja o sr. Hard in g , no ,·o presidente dos Estados- U ni :los, manifestando-s e contra o desa r– mamento nav a l, e, ao contra– rio disto, encarece .ido a neces– sidarle de que s ej a augmen ta– da a frota guerre ira da famo · rn nação americn na . E m Stndo as s im, os povos se armarão a té aos den tes, por– que a guerra será o rhanta. · ma negro que lhes po,·oará, eternnmen te, a viiª a com peza– delo!'; terrive is. Q uant o ó paz universal, ella foi, é e será semi re uma uto– . pia dos sonhajorec • R , :M. .,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0