A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.154, março

r A SE.MANA visco i:npertinente borrifava a cidade, tomou o bond de Nazareth, em frente ao Olympia, attrn– hindo todos os olhares com aquelle chapellinho vermelho que nos fez recordar um dos interes– santes contos da Carochinha. O que rarece incrivel é que 11-zademoiselle sendo tão bella, tão perfeita, ainda não tenha conquistado um ~oivo, ou se o tem, não seja elle cc nhecijo. Figura de relevo nos salões do Sport-Club, da Assembléa e do Pará-Cluh, a gentil patricia, po rém, não tem do que se q'.lei1<ar; càndidatos não faltam á sua mão fidalga. . . mas elles an– dam tão f.JíOmptos !.. . ,i:;*,;, Aos que t~m a alma dcente · Receito que todos devam Cantar num pinho gemente Trovas de Carlos Estevam. .... Palestrava-se uma noite destas na Associa– ção da Imprensa , sendo ,1 assumpto ::la conversa a fertilid ade do solo paraense. ToJos corn71entavarn o facto de a g rama, o milho e o feij ão germinarem nos intersticios dos paralle,ipipedos, attes tanclo a exuberancia da terra. Então, dif:Se o Juca Vasconccllos, que to– mcva parte na causerie : ·-Imag inem você:; que, outro dia, tendo a Pará-Electric de arrancar um poste da illu·11ina– çâo, arcou coll'! urn trnhalh o extenuante, pois yue, ctevído a essa fertilidade do solo, tinh a o pos te creado profundas raizes. EPITAPHIJ M. P. Ao baixa r á campa fria. Disse ao vermes :-Venho _a I ir, Pe'a Recebedoria Dar cowl•a/e e conferir. Gf~go Gfatuo l<Í';t;* Segue ru'llo da Europa no «Hildebrand» , o sr. J osé Bello, que em Belé:-n vinha de5em– penhando as fun cções ele ge rente da ftlial do Ba nco U ,tramar ino. Segun do é do nosso conh ~cimer.to quem ex ultou com essa partid a foi o capitão An toni o Go nça lves Feio. O Bello offuscava-o. '* ~ ,r, O céo é fita awlada E a kta que em scismas fito E' medalha pendurada No pescoço do infinito. Fez annos, quinta-feira ulti:na, o capitão José Afio da Silva Pedreira. Os amigos, que eram numerosos, compare· ceram armados com a picare!a dos dentes, fa– zendo um·a cterrubada na despensa do anniver– sariante. Ai1, des:;ert um dos convivas conferiu ao capitão a patente de coronel. Na lucta pela vida Uma alma vil bem pode sem tropeço Levar uma alma nobre de vencida ! E mais de uma conheço Como uma pedra que, sem ser polida, Pod e esmagar a perola de preço ! Gfontoura Xat?i1:>r ~*.. O distincto ac~dernico e brilhante sport111ait aguardava ha dias o dr. Sady para juntos a3- sistirem á exhib:ção do < filn1>> do Olympia. Nesse momento, porém, mademoiselle, a eleita de sua alma, appareceu ... O dr. Sady tardava. Então, entre os dois, o amigo insepa– rauel e a mulher adorada, o coração delle não balançou. . . Sim, 2. primeirà sessão ia come– çar. . . entrando logo p&,ra a primeira sessão, de uma cajadada mataria dois coelhos; viria a fita na téla branca e vislumbraria uma adoravel · si• lhueta na platéa. ( De RAYMUNDO CORREA) Zulmira Quando Zulmira se casou. . . Zulmira E ra o mimo, a frescura, a mocidade; -Langu ido gesto, extranha :,;uavija.Je Na voz-soluço de inelfavel lyra; Um candor, que não ha quem não prefira A tudo, e esse M de angelica bondade, Que em\Jellece a mulher, mesmo na edade Em que, esquiva, a belleza se rétira . .. Não sei rorquc chorando toda gente, Quando Zulmira se casou, estava : 8el lo era o noivo .. . que razões hav ia? A mãe e a irmã choravam tristemente; ~ó o rae de Zulmira não chorava .. • E era o pae, afinal, quem mais soffria! llllSS LOVE.

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