A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.154, março

BELEiltJ A NOCTAMBULA Si?&\ QUELLA !errasse do Grande Hotel,. se o ~ .Congr.esso Leg islativo do Estado quizesse., poderin, com j u.stiça, s~r considerada ·de utilidade publica. Alli, amezendados ao relento, sub· t1:giniiii fagi, os rerresentantes das varias _classes so– ciaes discutem os altos n egocios do Estado e d-a Communa, sem que necessario se faça pagar o aluguel da casa e o consumo de luz. Mal luci lam no espaço as r,rimeiras es trel– las , eis que p·rincipiam a chegar · os primeiros lza &iiués da ferrasse, cotr.o sejam os infallivejs Jacvntho Ferro, . senado r Marcos Nunes, dr. Mell0 Ce~-ar, maestro · Eltore Bosio, Joaquim Pimentel, J1 s . lgnacio Xavier de Carvalho, Enéas Pi1iheiro, Gel)aro Ponte Sousa e outros que taes . . Acompanhando o rnanó Enéas no saborear de um schopp ou de uma carapinhada, o Ormin– do Pinheiro, e inqu:rnto agua rda o garçon , pre– lecciona scbre a acção ctos turcos no interior do Est:1dn, d izendó da argucia dos rne~mos qu a ndo ;,jus tam ccntas .:om os seus freg uezes. - O ihn, gc m :Jadre, es::lá a g ui deu gonda gorrcnde. O turco ao somma r ir:i -:: lue na con ta a d3ta do annn que fka em cima e somma: - Zinco e oito, drnze e oi to , vi nde um, vão dois, mas gomo eu zo11 ·teu amiga não leva nada. - E assim. rerriata o 0:-minJo, vae o fre– g uez na rede cio a rras tão . _Approxíma-se a horn do in icio da primeira sessao d_o Olympia. En tão, nú bar do grnnde e~!abelec,rne~ to o pot ta J acques Rola _recebe ás P 1 ssas_ do Genaro os seus recibos de membro da ~oc,edade de Auctores Theatraes· do Ri o de Janerrô. O dr. Jesus Hosanhah vez no bar e passeia um re s taurant. en tra pela terceíra olha r pe la sala do De subit0, surge ern frente ao O lympia o Guilherme Cherrnont , :iue desce u de :\~a rajô para ver Tom M,x no ~nlrnn Ro• d 5 _ _ E' G . \ .nance o er tao. ' que 0 . , uilherme é um ve r~iadeiro Tom Mi x , em Mara,10. A essa hora a forrasse bri lhantemente. po– v oada, a pres enta um as pecto bizarro. o m~indo s porti V'o a lli ~e es tnt1 ~ia ; ha a banca do Remo a ba nca do I!aysa n ...l ú e a do Brasil S port. N~ primei ra des taca se o Ma,1duca da Fabrica de Cll a péos d e P a lh a, n a segun da u,n cios irmãos Ba rros, na te rce ira o tenente Cama rgo. r.:=:,- . VTIL Numa das mezas , o dr. Jnsé C a rvalho Li– ma diz dos progressos da Escola de Agro nomia, c.ujJs alumnos absolutàrnente não sabem tira r a lança dos bonds, cumo aflirma o pernalto mi s te r Binns. Noutra mesa o s r. J osé Maria Marques fala sobre a a lta ou baixa do cambio, e ai nda n outr:is, o academ:co Ma theus Ly Ji o !-'~reira diz das e xcellencia3 do jhijitsu; o Carlos Barros de Se.usa discorre sobre o espiritis.mo e o de ,:;e;n– ba rgador Napoleão, ao que ouv imos , d iz qu~. !'ie ái nda fos s e chefe de policia, os chaw[jeurs não fariam funcciunar ns bu zi nas dos seus aL:to1110- \'eis depois das 1 l horas da n oi te . 'I erminada a primeira ses!=ão do Olym pi ::i , abrÚhanta aquelle bello trecho· o n,le es t::í lóca li– sada a vi :fa nocturna de Belém, n encan to ,1o n osso mundo fem inino, exh1hin,1o, en tão, a ferrasse um seductor aspecto . Assim, pois, se o Cong resso L egis lati \' o do Es tado quizesse, pode ri a a ferrasse ·do Gra n,1e Hotel, com j us ti ç~ , se r consi .1 ,raJa ,~e utili ,la..Je publica .- 9uca raoJ:temio. BARATA QUF NÃO Rél' Aouelle caso passado, 111 dias, en tre o rn11jor J o~é Rod ri g ues Rarata, insp(t: tllr da r,~cal1saçâo Muni cipa l, e um comme rci a r,.te da i :) de No- · vembro , te ve o seu tic de g r~çn. Ora, o cornm;;:rciante infringia a lei e o majo r Barata r,a q1ialidade de guarda da lei nã o q uer arl rnittir infracções . Eu não ass is ti ao facto; mas os fi lhos oa Canclinha a flirm am que o i11 spec tor teria decl i– n ado ao s uas fun cçÕ.:!Z t: o se u nome. Ora, b.irata es t·-t catalogada na classe dos bi chos roedores e o José l~ od ri g ues 'é - go ,.do. T a nt o -. b 'IS tou para q ue. o c.ómmerciar,te fali,sse do alto de suas ta mancas , ce rto de que, ao lirn, e ntoa ri a o hy mno d:-l v ictor ia. Mas, oh J esi llu ~ão , ess a qualidacte de_ ba.rnta não rôe em· t•o .i a pa rt e; C(l ntent a-s t; em roe r ripe nas os rrorrios ve n ci111 e~ to~. . I-, como o comrn erc iante deu o PStnlo, o Barata ba teu as az::is e foi commurn cn r o ca!:>O ao gove rn ado r da Communa. . . Ao que o u vimos, como o ~ a rata _foi duro, passad agora a assi g nar ·se J os e Rod11gues B::!· zouro. - l! i11gt.ta de l~rata. ELLES E ElLAS Formosa, res plandes cendo nurn.1. \'er.l.1deir.1 apotheo"'e de g ra ça e bellez ::i, 111nde111oisel/e F., numa dessa s ultimas noites em que um chu-

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