A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.154, março

000~0000~ c ee~0®000~00®00000000000®0000000~0®00000000000 0 ~ ~000000 0 0 J ~ ~ ARTAS A' HANNY... ~ ~ ~ ~ i 0 0 ~00000000 0000000000000~00000000000000000®00000000000000©00000000 QUERIDA AMIGA: o leres hoje esta cartin~1a que te e"crevo com o coraçao mer· gnlhado em profunda sauda– de, terás j á no dedo, o radiante e querido circulo pequen ino de ouro, symbolo 1esse amo r, por Deus crea– do para fazer fel iz o teu novo lá r, que o olôr d11 tua bondade adornará com o orvalho da megaice carinho· a da tua bôa alma. Conserva te sernp1•e gentil e bon · do a, Hanny. .A bonrtade é o élo poderosíssimo que solidifica e auo-· menta affeiçõe , a força prodi "'io;a que irmana os corações, a lu; de cujo fúco dimanam harmonia, paz, ventura e cl,elicias m il; em fim, é .um dom prod igioso !]ue existe onde quer que e encontre com es e delei· tante perfnrne que só o céo sabe es· pargir• ,. bôa, Hanny. e e,sa bondade de certo se inadiará no teu l:ír di- Yinisando-o !. . . ' --Conversemos um poueo s:>bre us mu icas qufl recebi e q ne hontem t'as enviei, Go t:.:,te da so nata de Bee thoven ? Que tal achaste? Te · nlio <1uasi certeza que muito te ª"'ra· don ._porqne conheço O teu espi7"ito -?nt1menta l e enthu iasta pelas mu· s1c~s de Beethoven. Como tu, o aprecio egualmente. Ao eompol-a teve naturalmente seu autor in pir~ção divina. Desprende·se de cnd, compasso de s~ia fel iz <'l'ençào, so ns tão har· mon10 ·o;;. qne vibra n nal111a tal ecb?s c:!ue do cé., se ouvh,ern 's '. v·ina"u 8 1· e]· . · uas ' . ' 111 1 · 1rn as prendem e a· llieiam a tu,Jo O m . . · •t ais 1nsen ive l e. P 111 o, chaninnd o a . 1 beveci,lo nu ma· · ouv i -o em- qu ietudc-. 1" santa. e estatica Arp.,ellus parao-a 1 do alegre pura O "' nd iarrnoniosas rno er.ito, do forte A g1·aciosa · Felísbella, filha · do com- 1,iantlanle /'orphirio f>cutlo /libei,·o e 1/t'{.t do nosso rli , tinclo e ,llabo1wlu1· <11·. I:;·rin.cio _.llo,·aes _ _ !_ _., .,. ~~ j ~ ao sord ino, elle o faz com tanta na· turalidade que imprime ao mesmo t empo nalma G goso de uma fo li ei· dad e aureolada de ri sos e a ç.esa len· tada deserença de uma. espera nça p erdida! . .. Não te pa1·ece? ... E ' rea lmente um primoroso com– po ito r l. Que nos venha de seu tal e nto, l m: de SLa belJa in s piração. Não deixe, de ver todas as outras mu si.ca ; eston ce rta que muito te ag radarão. Si:.o nossas . Ad e us, minha bôll. Han n y. Bfiija-te R e n ée de Novues UMA bella licção ... A C.\RLos B . 01c SousA Q o1c penfl. me infun de vêl·os, os infe lize; 1 esses des herdadosda sorte, párias da rua, f}U e, ao léo. á ma troca da vi<l:i , µe r,1mhulam po r· ahi, annos e n,nn os, pre as da ma is o.troz, da mai s n eg rn e opprimente miseria! 'l'o:no-me ele mi:aericor<li 9, de dó. até. se nt ida e profunda , !'ernpre q ue, ao aeaso, e1les fe me antepõem po r essas rll a, ~ praças. \·ezes ca•pi ndu o seu soffrime nto. ve7,e:;,coitad o.· ! rin• do·sP. de ~i mP.smos. nnm como maca· bro divertimento Á c u,;ta d a propria desgraça. que os e;:;cruvi:;:a, os ata ao cepo do de,tino ! E. n ão sei bP. m po rque, ao defron · tal-os, se o t empo m'o perinitte. de· . t en ho os passos, p:íro, a ouv ir dPn· EsPECIALIOADES: EM CA FÉ MOIOO E ASSUCAR} lmport1dos directamen te ~;,--o -•••••••■ Di 1rih11it~oat.1omi~i lios , ~,BILl~O DE OLIVEIRA & C.ª !t J Jil\'1/JA 1a 1-!_E Jcosro ccwtoda RUAPAESDECARVALl/O Caixa Postal, 102 Tetephone, 013 •

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