A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.153, março

Pandnrécos , . . O iJtlendenle de Bagre, transformou a egre}a da localidade em estabulo. Os catholicos reclama– ram ao arcebispo, medi– das necessarias contra se– melhante abuso. (Dos jornaes) Necessariamente, a reclamação tlos cat hoUcos de Bag re contra o acto acima ex posto, fo i vehiculada pelo vigario da localidade, tamhem, i necessariamente ali politico. Ora quem falou em nome dos catbolicos foi o padre-mestre; este, parece-nos n ão ter razão n o utodo ou em parte» julgando de arbitra• rio o acto do intendente ae, sacri/e . gamente, transform ar a ermida em. est abulo bíblico. O incrimin ado intendente. ao contrario do que pensa, raciocinou melhor que o cura d'almas e pela vez p rimeira se viu um simples mortal ensinar padre-n osso a viga– t io. S im, mais bem illumin ado an· dou o gestor da commun a de B a– g re que o bom parocho, e traçou o seu mal jul gado procedimento ins pirado nos ensi namentos das N ovas Escriptn ras e soccorrendo-se do exemplo da propria E greja, so– mente inverte ndo a ordem dos fa– ctorcs, consoante passamos a de· mon strar. O intendent e abordou-se a bons p receitos catholicos, embora não o pareça á p1imeira vista, por li gei· reza e conseq uen te . d eficiencia de int-erp retação. Se n ão vejamos,. o êmulo de Pereira Passos, de posse dos mais ponderosos e podero~os argumentos, pa litou bem as catbo• licissimas ideias e disse com os seus botões : - E' intuitivo. Christo n asceu n um estubulo, rezam os Rvange– lhos. e isso Já vinh a consign ado nos propbetas d as E script o ras a n· tigas. A Egreja erigiu o sacros:m to lo– cal da estalla ri.e Belem, si e ,tou bem i nform ado, num templo, pon– to de peregrin ação das gentes p i· edosas. Mn ito bem . Eu , fazendo do templo catholico om estabu lo por um pb enon e no in vers ivo de adaptação sagrada, p rocedo christãmente. piiss imamen– te. se transmudo a d ivina casa do Fi lho unigen ito do Pae, no ly ri co e bocolico p resepe que E lle esco– l heu para vir ao mundo, e de con– form idade com n sua humil dade s ub lime. Ademais se o padre quiz entrar nas funcções políticas que são mi– n has, eu entrarei nas soas, que sãe sa n- adas ... N oralidade: o vigario ~andou . os catholicos bagrenses queixarem– se 110 bispo ... F,u aconselhol-os·ia a reclamar A SEMANA ao reverendo Dubois , qu e é o pa p.a· intieis, da actualid ade . . . D ager C a mpos A di s tincta e resp e itavel s e – nho ra G e o rgi n a More ira d e C as– t ró e Silva,· v iu va do n osso sau 7 dos o a mi go c o ron e l C astro e Silva, e tia do nosso p resado collega Al c ides S a nto s, di r ector d 'A S ~ m a n a, pres e nte m e nte n a cap it a l da R tp u b li ca, q u e com– ple tou annos a 26 do m ez ul- timo. •••••••••••••••••••••••• Sern d en l es, eis o terrrivel mal de que mui razoavelmente sempre an da ram apavoradas as mu· lb erea. l)ahi os cons ultorios dentarios e a sua enorme f, eguezia distribÓida pelos di aa d e seman a, quer pela ma nh ã oo â t arde . . . Ir ao g abinete do dr. Fulano, DOR eis eu1. que se resume um ped aço da vida elega n te d a cidade, de se· g und a-fe ira a sabbado, isto seja no invern o, sej a no :verão, porq ue e• consultorio e o néntist a, in sensi– velmente, podem ser . alü,tados n o numero dos elementos·.que presti · g iarn , n,esta bôa ter ra,· _o n amoro dos «impedidos•-adoraveis cre i.tu · r as q ue. embora contrari ados. em surtos de phantasia amorosa, pelo 1 ri o-o r p aterno-arro·oiarn um de nte q;ebrado, um up ivnt» . necessa ri o. um abcesso qoe é preciso rasgar, etc.. etc. Ainda ma is até: de mu ita gente sei que não compra escova h a mu i· t o tem po p<ira fac il itar o en t1ejo de procurar o dentista.. . Temos, pois , qoe, apavoradas as mu lheres. aliâs mui razoavelmente ante o terri vel ma l que as a:neaça de fi carem desdentadas. a velhi ce e a rabu g-ice do egoísmo pate rn o têm que acceder, como todo mundo, ao couse nso da existe ncia do dentis– t a, do co usa ltorio e do ... n amoro... 1 :x:. '~ 4"• ..... 7Yt1t :J>~. t t- A NOSSA CAPA O retrato de hoje é da senho rinha Ma ría Chaves, grac iosa fi_ lha do s r . Leoncio ,• . Chaves. ' ' Mais um , m eu Santo Graal, que te exorta conforto. My st co Sonhador, Peregrino da Magua I . .. Deixa que a minha Nau ancore no leu por to , - quebra-mar e muralha á m a ior força d'Agua I Dor ! m ei,r, Vaso S(!g rado! E 's o cry sol, a frágoa, de onde me vem ,1. Luz a estes olhos de 'morto . . . Sentir-IP., é a A1nphora encher . que transborda .1 desagiia, para sacia r a sêde ás Oli veiras do Horto I E exalço aos que. pela Arte, antes de m im, s0Jlrera1n. Caravana infinita f- -Heroes, '/'narty res, deuses I D01·! vela senipre accesa aos Jdeáes q1te morreram .. . Mal q11.e é rosa a florir no ge,nido ori no P: anto ... Rito da 1-ninha Fé / Do1' da estir pe de Ete1ms I - Lyra do eterno S onho e em que os m eus Poemas canto! E r u.n.o de :Me n ezes í J

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