A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.153, março

·1 i · . . . ' ·.\ f ...-. ' ..,- 'lo ~'!}}_..1/11 / Grupo tirado na r esidcncia do ph a rmace u tico sr. Manoel S i l va, no dia de sc:..i. a nnivers::trio n a t a l í– cio, vendo-se no segund o p lano, à esquerda, rnrn e . Josep h i na Sampaio; <) d i l'eit..t rnlle. L enµo ld i n .:i; P erei ra e as meninas E~th er C o hen e Lu c iu Ale nca r. Ao cen t Po o a nn iversa ri o nte, ladeado ele se u s filhos Oscar e Oriva l e de s ua esposa, a p ,•ofessord Ant ,ni n .:, Silv.:i.. No pri,ne i r o p ln no , a conta ,· d .i esquerda , o sr. Leon..i.rdo Nunes e as senho ,•inh.:i.s M ariza.,_ n oss.i cc, llaborad o r a , Erci l ia D . .l.nt .:i.s, Acla lgisa D antas e Lu ci ll a ::,o u za . . ~ CARTAS MEU AMIGO: Bu sca ndo nas paginas d'A SEMANA a_:iuil lo que deleita o espinto, fazendo divagar pe la reg ião do sonho, coibi alg uma s «Paginas ~o"!tas • qu~ a alguem eram endereçadas. "º coração nada va le >. . . disse esse alguem que bem ra– ciocina. Perdôe-me o Chiquinho a ou– sadia de rete r o que não era meu . R~spon je o meu amigo, de– monstrando com uma cl:-i reza q uasi co_nve ncedora, propria da eloquenc1a de um poeta que é o sentimento pelo coração. ' Diz o meu amigo: <t Ü cora– ção é tudo: como princi pal or– gão do corpo, como mento r da alma .• . > Mentor da alma ?!Não. Sendo a alma a essencia divi– na, a cham:na viva que arde no Jampadario do corpo, não precisa de mentor. ~ e. Todas as emoçoes veem do ce;ebro». Ph ys iologi cci mente fu – lando, é esia a ve rdadei ra as– serção. Co ncordo com res tri c– çõ~s . Sen Jo , porém, o cerebrn a forc2 motr iz da von tade e J o senti,;iento, não pó ' e s er exer– ci,1a essa mesma forç a se:-n o auxil io de um agente extranho ao qual ohedece pas sivamente, e a esse agente chamarei-.--ilma. «O coração manifesta-se atra• vez do olhar, e o cerebro atra– vez da voz». Como assim, meu ami go? Não tem o nervo optico a sua s éde no cerebro? O coração é , por assim di– zer, o thermornetro que mede o g ráo de temperatura do senti• mento da alma. Simples recipi– ente do sang ue, s erve uni camen te como rr.ordomo, não somente do cerebro, mas de todo o cor po, pa ra di stri buir pelo orgar,ismo a nutrição. O que o. ful mi na a al ma» é a · explosão do magnéc;io de out ra alma, ill uminando-nos de uma diaph ane irlade toda espi ri tua l, g ravanJo reciprocamente duas imnge ns em dois cerebros op– pos to.3. O coração , co rn o o ce– reb . o. sob á influencia des ta for,,:a toJa s upe r;o'r, electriza- se, e apressado no seu ·trabalho pela precipitação do sang ue, palpita com mais arJor, dando -nos a impressfo de que foi elle o agen– te de uma caus a da qual é sim· pies paciente. A alma, a alma é '1uern vi– bra, quem ri e chora ao mesmo tempo; o cor~ção, por não ter vida propria, assim conio o ce– rebro, pa rticipam da vida dessa alma subtil, immort;:il, etherea... S endo o pensamento mais do que a acção , e o sentiment o su– perior á materia , nãó pójem ser produzidos pe lo cerebro, fi nito como o coração , por isso qu e «toda a cellula procede de ou · t1·a que lhe de,,i nascimellio>, Para que haja essa mu lti pli – cação é necess;:irio que a cel· lul a productora seja da n1esma e;:;pecie da produzida. Co;-:-io r óde entãv o cerebro, mat eria l, im– perfei to, sujei to a desa rranjos

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