A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.153, março

Não posso ainda desta vez , minha senhora, sati sfazer. aos jus– tos desejos de v. exc., justos a go– ra que vos promet ti de~lindar a historia daquelles olhos g lancos na noite itrimensamente triste em que a minha g,rntil senhora andou, de repen te, ás voltas com os senti– mentos extremosos do Odio e do Amôr até o sacrificio . Prometti a v . exc., solucionar neste numero da revista, os en· cantos do problema magnifi co que me desper tou o olhar da adorada patrícia que a pprende u a deliciosa ventura de sorrir . . . para a des– ve nt ura dos homens . . . Tudo prorn etti, entret anto. sob condição essencial de que não me faltasse o tempo para isso. Conversar com uma mu lh er, como v. exc., q ue pussúe oll1os de sabedoria e encan to, olhos q nt, sa– bem mentir facilmen te ao intimo d a alma, é expor-se a ger.te ao:0 v ae-vens d uv idosc s do agrado e , a coisa mais triste. é n ão saber um h omem ag rad ar á. curi os idade feminina. Assim, pois, falta ndo- me t empo e arte , para este, penso que, para outro nume ro d' A ~EMANA , v. exc. se rá satisfeita com o p romettido . .. o . CARTAABERTA A O ~tn.e[e @}Mn1~a R io OlllH:. pe los te us extremec ido3 paes, q ue em hreve ini cia rás os teus est udos acu demicos, na cap ital d a R e publi ca. E ta not icin. e ncheu-me em d e– masia o cornçiio, encara ndo-a so– mente d e perfi l. porq ue prevejo as– sim em execução o plano dos teus A SEMANA desejos; mas, exami nando-a atten– tamente, d iv isei-lhe, l(b no fundo uma n uvem de sombrio aspecto: – a lembran ça de que est:i s se parado de mim l separado mate ri almente a penas, porque esse élo de ouro que a ti me p rende, cimf'ntado pela sinceridade da n ossa dedicação re– ciproca, n ão pode a di ~tancia, n em o t empo quebrar : - é mais fo rte, - eu assim acredito, - do que a mas– sa de H ercul es . O clis t i n c to joven N' a r io Gui– m arã e s P. d a S il va, q u e brilha n– t e m e nte a cnba d e conclui r o cu r s o d e g u a r d a -livro s n a n ossa E scolR P r a tica d e C omme rci o e q';' e n mn nh a coll n r a gra u . Procuro-te sempre; mm, só acho os écho,; do teu coração repercu– tindo 110 me n as doces pa la vrn;;: Ami g-o ! Am igo !.. . E enLão fi co env0lvido num man to de ex tas is . Quan to são co nso ladoras t oes p a– lavras ! Vilhena Al ves, o re putado intel– lectual que, com o B arão de Gun.– j a rá , professor Ara ujo Nun es, Th eo– doro Rodrig ues, A Ivi>:. rl e So usa. Diogo Lima e outroi- vi g iensPs ta n - to ? e taca 1·a m a a nt iga ald êa de A ru1 tá, escre ,·endo sob re o ass um– pto: - «O homem, sem um am in-o q ue ~om p~rtillH seus peza res e alegri as, e obn gado a s uffoca l-os dentro d o peito, devorando co nsigo a mag , •!1 que o e n. orne, ou o prazec qu e tran sbord a do seu cora ção.• 8 , _ ma i;, ad ennte, accrescenton : - ,,.::,, os ami o-os ve rdade iros são hnje t ão rn.ro :. não é isso cu lpa de!Jes, e s im nossa, pois n ão sou– bemos conh ece r q ue os sorrisos ci os Judas e ram so rri sos de h yp oc ris in, e qne o ferrête d a re provação es– tava-lh es g ravada n a fronte . . . >, F e lizmente para nós (bem fe li z– mentP, meu ami o-oJ a nossa anti o-a e lea l amizad e 1;'ão tem t id o a ~– nor q uebra, . e es pero em J>eus qu e jam oi s a terá. .! migos de5de as ba ncad as do es– tud o pi-ima rio, nem o tempo, nem a dist ~11ci11 têm podid o arreiece r este sentimPu to sagrndo que un e os nos– sos co rações. Roguemos a De us qu ,~ assim per– dure se111pre. Uontra vez te fal arei d a n ossa cap ita l, essa perola du. Amazo ni a, c ujo brilho, a c ri se e outras co nse– quencias <l a ultima g uerra, têm co n– seg uido offu scar um pouco. Te u ex corde V i nicius C . N"unes --(o-o)-- Um a.lbum, de musica . um liuro de orações 01.1- uwi r omanre , encadernado n'A Se ,n:-ina , palen teiawz. o (apr-icho de qMe sua proprieta1·ia é do/ada , 7 d e S ele111bro, 33. O poL1co riue snlwmos nos a nuu n · eia o mn ito qu e igno ramos. CONTRA OS MOSQUITOS (De perfume agradavel) E' de grande efficacia e. um antidoto sublime contra mordedu ras de mosq·uito e outros insectos. Os me dicas majs notaveis aconselham nos climas palu– dosos, ba nhos e fr icções abunda ntes com uSabâo Ru sso», evi– !ando, assim_, mordeduras de tão perigosos e impertinentes 1nsectos, assim se evitará a transmi ssão da febre arna re lla palustre e ma larias, segundo opinião da sciencia moderna. ,.

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