A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.152, fevereiro

~tt*tt*****tttt*****tt*h***** A SlllMANA Ô luar do Inverno á uma re– velação ma g nifica do quan to póde n nossa natureza vibrar de emoção, qnand? a an g nsti a de dias segui do; seru ce u azul nem noites estrella– da~ persegue u santa. fel icidnde cl us a rvo res verd es qn e nos aco be rtam d,) so l rigo roso do Verão, enft>ita n– dn a ruas e dunrlo -nna o~ fr uctos sazn11ados num g rnnd e mil agre de piedade in omp1e hen<lida .. · A lu a cheia, qu e mal n os appa– rece an te o rign r cheio de pecca – dos dessRs ('.huvas que enPrvam o homem ma i~ medi a namenUi escas o de capricho , anda. infeliz li1 pe lo ,a lto. na via-surra, de um des perdício de laz ma aoad u Comqua ~to in.ferior ao ,l e , o-, •sto - o mei'l-d ia do n osso t emp"'o rle ca lor-o ln ur do Inverno.q ue é irm:i.o gemeo daguell e, teve s ua exbt<>n cia ma lfadada Je tri,te, m ui to eniboro, n ascielo Jo mesmo sopro com que o Creudor fez < s doze g randes can– il e la bros que illumiuam o ('éo e a 1'e1-ra ! Apressad o. e111 demasia, de u de a nda r, co rn o muita ge nte, á sn lt n, de~ord e nad o e curi oso e, va ria s vez-~s. escapon el e morrer tal um pobre pá ria rlo E s ,aço... Co ndoído ela sna so rte, D eus lhe orde nou q ue fi casse entre tré vas. ~- Benedicto, que era in imigo d e v iver ás claras, in te rcede u por e ll e perante J eó vah e este clPu-lh e, em pnrle, v ida pouco mel hor:-e,ca pon rl é ser lim pido e pu ro como os uatros, t oru anclo·se, e ntreta nto, cin– zo11to. E. ass im, o conhecemos . A pezar disto não valer como elemento de novu fé mythologica, acredita-se na lenda que affirma a sua actual regtn ernção, des pertando as symp_ath ia~ do~ peccadores. Pelo meuos, em uma co isa elle foi util ó h urnunidad e : com seu a uxili o é qu e .e nã.o fa zem poetas ·d'lP.ntio;;, nem amor . ao jardim. n e s ua exisle ncia ·e vode adian– tA r que sen' in para extin g uir Ro– me ps eJulietus. ajud ando·odescanço paterna l de muito v lho res peitavel e prevalecendo, ta l arn,a prohibi– t iva, contra os namnrudos de esquinas e <le so b us junell as ... E porque? . P o rq ue o lu nr ,lo Inverno tem ma is chu va cio que Luz. F . A Lesma e o ·Touro ----r~~--- Remiriisoencias &v~"Y0 Triste, viscosn e sonsa, a inoffensiva lesma De um velho· toiiro audaz esta proposta acceita: Quando, acaso, contemplo ·o len formoso Labio, f ico extatico , a pensa1, "Esciita : andei, nntn mez, aq1telta estrada estreita . .. Si e1-n trez mei es lambem percorreres a mesma, No teu primeiro beijo venturoso Daqiiella noite pattida, de luar. • (Egual proposta fiz ao gallo e o burro f ez-ni'a), Nunca te humilharei, não 1-nais serás su,!feita A branca lna, n'um sorrir ditoso ParPcia tão bella a me inspirar A esta força brutal, que sempre sinto atfeita A' Lucta, e que, a julgal-a, ás vezes me ensimesma!...'' ,'-'audade ! Eu me sentindo pe::aroso, l nconten fado, sem poder vo ltar. A estrada era escabrosa , e a lesma, co1n cuidado, Todo o trajecto fez, nesse praso . . . Admirado, Põe -se o touro a berrar em tom plangente e ru,do... E nesta angustia, a ca1ninltar, sosinho, Sentindo a dôr cruel do meu · fadario, Quero voltar, de novo, ao teu carinho / " Qi-iiz apenas, lhe diz a lesma com brandura, Dar-te um exemplo bo,n desta verdade pura: Quem persevera , ta1·de embora, vence tudo!" Adelpho Barros O sojjriwrento cada vez 1-nais cresce. E e1t, torturado, sigo ao meu calva.rio, Do nosso amor a miwmurar a prece. -:Nl:onteiro Guimarães EsPECIALIOAOE·s: EM CAFÉ MOIOO E ASSUCAR~ lmportad·os directamente o---<J>--o Ui slrihuiç:io a tlomicilios ABI IL IO DE OLIVEIRA & C.ª AVENIDA 15 DE AGOSTO canto da RUA PAES DE CA R VALI-/0 Caixa Postal, 102 Tetephone, 013

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0