A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.152, fevereiro

O que nós , cá de casa, chai:namos a «c~beça > da o. Vida Futil >, leva hoJ e a despedida de miss Mepltis topheles! . . . . · . . · Creio que muitas senhontas elites e ;nu1tos ,,< elegantes gentlemen vão ficar tristes com a morte de miss 1\!Iepltistopheles . .. Outros , porém, que se viam aperreados e aborre– cidos com ::is nossas brinca– deira s innocentes, exultarão de alegria porque não mais terão descoberto os seus seg red os, nem se hão de expôr a «surras )) de seus pa– paes gentis melindrosas ... Em 1918, Pereg rino Junior, o ele· gante prosador, creou nas pagi na~ da «Guaja rina &a ~ Vida Futil • , que trouxe, com o desapparP.cimento daquelle Hia– gaz ·,u, para a SEMANA, esconJiJo '. 1 G elega nte e diab0lico pseufonymo 11iiss Flirt. E miss Flirt, irrequieta e traves– sa, começou a descobrir namoros e a fazer pilheri.l s. Nfo havia quem não gos tasse de 111iss Flfrt, tal era o seu encanto ! E Pereg rino, do alto de s uas pernas, viv ia . tisf1;ito , a tecer frivoliJaJes e a dizer ga lan– teios . .• Deç ois e 1sou na «v iJa séria», no • st ru- ggle por life», e, cio. o da g lo ri a que é merece– dorn a sua penna ele– gan te ecaptivante. rar– tiu para a capital do paiz, para a gra n.1 e ci– dade de S. Sebastião do Rio de faneiro . a majestosa capita l d;:is mu lheres pint adas e el egan tes, das 111onta– nhas alta neirn s e ,·e. - dejai:te , dos homens afeminado. e tolos, da natureza festi va e mag– ni fi ca. E, com Pe regrino , se fo i miss F/irt ! ... ~ . 'Í VTIL Foi quando me convidaram a vir tomar conta da «Vida Futil ». Era eu secretaria de miss Flirt, que dei– xou indicado o meu nome como «tendo geito» para fazer trept,ções . .. · Um di a . . . 20 de j unho, appareceu nas paginas da SE– MA ' A miss Meph istoplteles, des– tinada a continuar a obra já inidada por miss Flt'r/. Desse dia pa ra cá, tenho trabalhado com toda a bôa vontade para satisfazer o com- promisso que ass umira perante 'fe o mundo chie de Belém. Hoje. como miss Flirt, . . zarpo das columnas joviaes da «Vida Futil, dei– xando frivolid ade r..)r me reclama rem occupa· ções mais sé rias. . E' pois , o ad eus de -miss Mephislopl!e/es que deseja a to ,~os os seus amigos venturas mil. ?. Peço que·enxuguem as lag rin:as provocadas por es ta tocante de spedida / e ouçam: ~ão ha nada mais · doloroso no \ ' mundo rlo que a pesc;oa crer-se eng ra· \~. c;ad a e não o ser, (ex : e, dr. Penni} e Cos ta . .. ); é necessa ri o que soccorra mos esses pobres infelizes . Assirn está aberta, r,e s ta redL 1- cção, urna s uhscripção (a rima foi expontanea) para a compra de sal g rosso e de primeira or· de:n, que deve se r offert ad o ao M1üt & Jeff, do «Estajo ~o Pa rá» . e cuja littera tura anl{elical, certa es tou que deroi s do «incewlio re al dui_n th ea tro , pe lo proíessor Stevenson, não res lcina mais nem cinza! ... (Podem vo ltar a.s lagrirn ns rois vão continua r a · despedica . .. ) . E é e, t:a s o de dizer: «A ·eus ! Adeus! Vou, me embo ra, Vol. o a ~emana que vem, • Quem nã o me conhece cho ra, Que íar::í quern rne que r bem . A d1ffere nç.l é que eu não ,·olto ma is . .

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