A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.151, fevereiro

• OCIO oaoic====oc:10 .A . ,..; F: i\!lA , .A respira\'a ... :\las su;, paterni · datle ergueu se e disse: -l!lusfio dos sentidos I lllu- :.no dos sentidos! . Deu as santas noites. e sahiu ,•a garoso e respeit :wel como um andor. - Onde se tinha 111ettido fr. Lourenco? !- magil'aYa o 1'9· pucho. 0 i\Ias já aqu elle erguia a cabeça a espreitar: ..:.. Foi-se? perguntou. O capucbo tomou• ar. Deu uma palmada na mulher de encanto que o beliscava; e quedou - se · u111 boccado de •lUvido alerta. -Ui vai I Apre! Onde diabo se tinha elle meltido? ' Fr. Lourenço tranquillo, ex- plicou: _ . . -Na caixa de rape. Ora 1111a– ~iiJe que me tinha esquecido. Hespeitavel semsaboria !. .. -Grande engent10 !-dizia o outro, limpando o suor da testa. Agora, safar! - voltou fr. Lourenço. Os tres saira m, como som– bras, em bicos de pés. O cor– redor era longo e ·escu'ro. As celas resonavam, pletóricas. O capucho levava aquella -mu– lher formosa pelá .mão, e ia seggindo o velh,o erudito. De quando em vez, paravam. Elia ria-se, e dizia umas coisas numa lingua estranha: O fra– de linclinára-se, segredando: -Pouco barulho, minha me- nina! ... Elia, truz I deu-lhe um beijo, co1110 uni gorgeio. E logo ou– viu-se u111 ruiuo de objeclo que cabia - e que lembrava uma torre desabando, a ecoar longi11quamenlc nas aboba– d::is. Pararam todos, sust e ndo a respirecão: Que foi ? !-balbuciou oca – pucllo. -Foi a caixa de rapé-ciciou o outro. E lá contiauaram rece1osos, como sombras. Ao chegarem á cerca, o capu– cho' ficou espantado. Aquella não era a cerca que elle conhe– cia-curiosa coisa 1 Fr. Lou– renço explicou, assoando-se com pompa: •••••••••••••••••••••••• Feliciàade Bentes àe Oliveira Professora de piano ' canto e banrlolin Lecciona em s1ía resi– dencia, a rua Padre Prudencio, '155 \Casas parliculares !'recos modicos l:',FURMAções ·Livrada 1Jfara111te11se, de ,\. Faciula.'rua Conselhei– ro João Alfredo; Casa I i– eira e Empo,-io Jllnsical. ú trav. i dti St>lemro, i -Eis o jardi,11 das delicia~, irmi,o. E rematou: '.Tento 11.1 bolai A noite era_ morna, um per– fu nrndo encanto. Alongava-se 9111 jardilll esplendoroso, dP– pois u111a floresta com gra11- des arvores-que co111ec.;ara111 a haixar a cabeça de folhngé11s a fr. Lourenco. O erudito \'Ol– tou-se _e elu~idou: Snnl lacrimae rerum... ,, Mas, ao dar com o cliscipulo abraçado :'i mulher que lhe levára, gritou: -Pouca vergonha! Façam o favor de estar quietos. Viio estragar tudo, os senhores vilo estragar tudo. Uma calamid::i– de! Quem nilo ' tiver as quali– dades de pbilosopho-raspe– se.-E assouu-se -oqtra vez. Elia, jà solta tios bracos rio capucho, atirou u1» béijo ao outro, co111 um saracoteio vul– can1co. -Estragav:1111os tudo, 11iinha senhora, eslrngavamos 101101. .. ·~este1111eu o lento braco. · O capucho sentia-se ~nerva– do, e todo o seu 1:orpo como que fluctuava nu11rn 11u\'e111 morna, onde se adivinhava o calor .de seios !urgentes e 111a- gnifir,os. - Sobre todas as coisas o ldar pairava, 11uido, com u111 bri– lho vivo de magnesium. Tud~ a~uillo tinha u,11 aspecto vvgo, thealral; as nguas eralll clu 111 a lucidez de pi11tura. (Conlinú ~) SANTELMC lNUICT.R D RE.I DOS SABONETES ACUA OE COL □ NIA DAS □AMAS ..., PAR-A D BANHO l FRICÇOf.S . CON A ULTIMA PE. SCDBE.RTA PARAA CDNSERVAÇÃQ DDS DENTE.S ,

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