A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.151, fevereiro

PARA QUEM I RES filhinho., eu possú<?_, mui to mimosos e forte~, e n le,os de meu co ra çao. Olinda, morenn, cubell os negros e lisos, olhos da me rr,a cô r, pr0fundos e pPstanndos, é o prototy po da tapuia brazileiro; Manoe lito, muito parecido com s ua irmãsinha. excepto nos cabell os, qu e são crespos, é robusto e valente, em fim um athleta futuro; Mario é um co ntraste dos dois primeiro,, branco, um tanto pallido e louro, é um fl ,1co de neve iiluminado por um sol de estio. Quando sob re o meu esp irito ponsam como a,·es de rn pina, os tristezas da vida, roubando a pouca alegria e tranquillidade '}ue ai nda me ru;;tam, e u procuro o convívio de me us ti lhinhos, on<le en– co ntro o prompto alliv io para os <li sabo res do momen to. Pass0 o t em– po _ouvindo as !:< uasgar– rul1 ces, pre-t andoatten– ção o ra n ttm e rn a 0•1tro. Vem a mais \' elha P com toda a amabilidade qne lh e é pPc uli a r. pe· de-me que a cn in e a fuzf'r un s ve-tid os parn as ~uas G ig i e B eti 11 h:t (bonecas ) irem á •·ma– t inée" domingc-, pois as me,ma3 estãJ imperti · nentes e não q uernrn ir com as ' 'loil et ·' j á u;;a– da s. g accre5ce11ta mui– t ~ <'O n v icta de se u pa – Jwl: •va id osas as mi- 11 l1:1s fil hos, nii.n se i E~ q11 s 111 p111·hnm ». En or · rio e 1111::vada, vendo nn c uidado de minha fi lh a µnr , 11 as bon ern i a l,,,n. 11 ,ãe I,• familia deu111,1 - uh1i. ü a lii a llllli ll CIILO.; \'t'III " 011t rn e cnm s 11 a pr ,– nnn eia a trapallnula. 1·r · c·lamando um bnln, de,t,) tu111an l1 0 ass im. unia J OS TEM . . . me a alma de s uave alegria, limp a-me o co ra çiío <la melanco lia que o dom in a. Qu a nta ventura experimento nos mome ntos em que n os meus braços repousam , dormindo placidos e desp reoccupados ! Olho-os lo ngamente, demoradame n– t e, aconc hega nd o os bem junto ao seio, num demo– rado amplexo para sabei-os mais meuB, ou como se nesse abraço quizesse prendei-os a mim, para semp re, rara sempre . . . ,. Nestas t res vidas de minha vida eu co ncentro todas as espera nças de meu futm·o, todas as asri ira ções do me u co- 1'.JÇào que. por desgo tos profundos. já. rn tornou de um pe ;,imismo im– placavel. A noi tes pa adas em cla ro. as lagrimas ,·e1t ida e os su~vn·os de nnciedacle q trnn ,]o alguma e nfP rmidade os pr0 tra, tn<lo me fn;r. amn l· s, i:ois realmeute a dôr é o mni:,; dir<'<'lo cam inho pr1rn 0 amor. Hei de lh es ensinar muita s co i as, snh,·et u– do a àmarem a Deu. e n PnLri!l, fo rtul ece ndo- 1 hc-s r, os <'or,ições um patri,•,tismo sarl io, 0ndP re alte o de eji; de se tornarem di g nos filh os de te mnjestoso Brazil. cam isa azul, bem azul, Laurinh o, l inda c,·eanç.~ qL: c c nc 111 ,, o l a,· do 1 · para i1· J·nga r a favor t e n en t e B e n jd ,nin Socl ee , de q~, .., _-n é m e iuo fi lhi nhu. C o nta Quand o o pesn dos nnn os me curvar o ~or• pn h ei de vel-os, fortes f be llos, beijarc,m-me a mão3 tremu las ou n'uma uncçiio de car i'. n ho e g ratidão, afaga– rem-me u ca~eça branca com a mesma dor;ura que h oj e lhes d i penso. E com esta esperança eu acalento a minh a ex islen ciu, prendendo– me ú v id a n'nm de~ej o veherr,en te de vi ve r, ile vive r por meu s filhiuhos. .., e Jl e upe n os 1 anno de ecla d C: e ... 1 phúlog 1·..,p h iü .,_l irn u foL li - do Hemo -- ']U a nd o fôr rodu rece1,tc1nento •~'-' cnp 1tn l _d _, R e pub.i c , , , onde uqucl l c Vós que me e taes lendo perdoae e ta ex – pa n~üo ,·aidnrn tão pro- gra nde. Chuta com fo r- clistincto off1c1u l i-es ,d e . ça um limão e d iz: «(· _ assim '}Ue \'OU fa:e r 110 ca mpo". Já 1() .P II cnraçau existe o enthu siasmu íJII" hPjP domina tod,1 o braz il e1r11 - o ".sport''. O mai· novo do tres, qur a inda não tem g'.1$lO uem especialidade fere-me constantemente os 011n.l<1.-; , 1 .. [ - . 1 1·oru s na vozinlrn, cry -talina: 11a t J1 ama m1 •" E etiln phro e, a hid1i de snn alma diamantina, pr()Jlllnc iaclo por sens lubios rouados e fre r os, bo!lha - I" ia nos corações ma– te rn os! iio con h ecei s ui ada 1H oh,iel'tos de meus affect~. ? _ P ois e u vo direi que ns d ni,; primeiros são meu::;_1rmaos orp hãos de pae a ind:i tii.o peq ue nin os e o te rceiro é o filho de minha madrinha. Na deixarão elles, por isso, de er me us filh 'Js ? r ão, decerto ! Pois, embora e u não seja a Mãe ma.te ria), serei a Mãe esp iritual, a Mií.e mora l. J e t odn a cria ncinh a::;, de d P q ue ella preci em do me u carinho e do men auxi-

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