A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.150, fevereiro

A SEMANA Mlle., apesar de ser uma creanç:l e de ter e m si um ge ito de infinda doçura, é te r– rive lmente ruim para os seus ft ir ts. O moren:; e gentil paysanduman, que é um dos seus mais fe rvo rosos apa ixonados, foi barrado se m qu e sa iba a rasão. O outro, louro, vo lunta rio do 26. 0 , foi bar rado tambe rn. E o tenente, ma is fel iz dos tres , c0ntinúa ainda num {tirtezinho com mll e. Ah!, mlle., a senho ra é já , com tão pouca idade, wma «ty ra m:rns inh a» e 111 fe rir co ra – ções . .. E ll e é um p irata !! ! Imagine m que su a na mo rada a nti ga es– ta va na festa qu ando a outra chego u . .. A prime ir a, mo ren'l mignone, a seg unda loura e a lta . E a hi começou o d r:1111 a ... No Pa lace, e m c i111 a, e ll e dançava com uma , em ba i:-co colll a out ra e; ass im , suc– cessi vamente. E , de po is , resolveu cede r o seu Joga r jun– to á prime ira 1 a se u irrn ã0, um se nho r de ocu– los de ta rtaruga , qu e o substituiu fi elmente. No P a rá Clu b , no entanto , e lle da nçou todas com a mo re na , porq ue a lour a não· foi á festa . P a rece que s0 bre esse «flirt à trc is , da re mos e 111 breve exce ll e nt~s no ticias! .. . No S po rt, aqu e ll e /lirt co111 eçado pe lõ Nata l no Pa rá Club, continuou fort em~nte ... · E' o caso de d ize r como Jonb, u buri– lado r irr t>ve í·ente e eng raçado das «Frivoli– dades~: «O lhe m que vocês acaba m casa ndo! . . . • Mlle. está sa ti sfe ita. . . Chegou e seu sympat1co fl irt. . . Ah !, mll e., be m lhe d1z1a eu que você não fa lava a ve rdad e quando nos contava que ,. não qunia ir.a is sabe r de ll e .. . > Vê? e u tinha ou não razão? . . . «Dec id ida mente estamos n:::i «Seman a> Lá ve m mi s s Mep; :isto phe le s !.. . > E estã o mesmo ... . Ei ·.tão qu e fi tinhq,s sã o estas?_! Você . 1~1 eu a 1111 go, qu e não pa rec ia gosta r muito ~ t! mile, es tá agora ã rrasta nd u- lhe :ts a sas, nao ? Q ue ma rreco !! ! ,i,:,*-~, Mlle. D. C. primou pelas phantasias mas– culinas durante a ultima quadra ca i navalesca . Como boy !Cout, cow boy, e tc., e ll a fic a va sim– plesmente ado ra\:e l. Escute, porém, mlle:-qua nd o sy1,npathi – sar com algue1n e essa sympathia for co– respondida, não se conse rve incognita a té á despedida . Se rão dois ma rty ri sados: . você por te r a desillu são de qua ndo e ncontra1-o, à e futuro, ne m $eque r me rtce r-lhe um olha r, e e ll e, co1tãdo, de fi câ r conde •nnado a não e ncon– tra i-a nunca ma is, aind a 111 es 1110 q ue a veja todos os d ia.;. O elega nte solic itado r tem a mania de di ze r-se um tarado do aza r. Vne d 'ahi, mf:s– m? p ro teg ido pe la sorte, se jul ga sempre ca ipo ra. Na festa do ente r ro do ca rnava l, do Atheneu Comme rcial, lá estava o nosso. ami– go a conta r suas desditas. A orchest ra , no decorrer do i:, rog ramma, atacou a Bola preta. Os pa res sah~rn dan– çando, enchendo os salões P assou Junto a_o soli citador um pa r deveras elega nte. Dois dominós um lilaz o outro preto. Elle não se ' . . . conteve, cunv idou o cava lhe iro ma is prox1mo a sepa rai-os. Os dominós accede rarn, e quando o sy 111- pathico so licitador, tod o ne rvoso, . deu os pri– me iros passos do saltitante one step , ou ve seu pa r dize r-lhe ba ixí nho aos o uvidos : Des– culpe, cavalhe iro, eu tambe m sou homem.. Com franqueza , esta me rece um deses– pero !.._. (De OLEGARIO MARIANNO ) A Alma do Mar Qnanta vez ao cla rão merencoreo da lua En fi co a olh ar o céo, cheio de atra anciedadti. Vend o i.s ondas geme r, u'um canto de saudade, L all! bendo o braneo a real da praia argentea e nua. Quanta vez, qu anta vez a mi nh'alma fln ctua P elo· manto sem â m da g la uca immensidadA, Pedind o ao ve lho mar que elle tenh a piedade n •e~ta dôr, que •~ punga e me abate e exlenúa. E o ma r n'um t urb ilhão de quilh lls e de- mastros Vem so luçando . .. vem . .. ro la a me us pé , tie rastros Em g ri tos cnll ossaes e imprecações hed iondas . . . E chora o velho mar e a su'alma de prata Vem de longe ca nta nd o a vo.z dà serenata Ao gem ido do vento e ao balanço das ond as .. . MI SS MEPHISTOPHELES.

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