A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.150, fevereiro

DEPOIS DA OHGI.\ ~ ONFOSÃO cahotica de corpos iner– ~ mes, como nas orgias de Cy– thera. depois de emborcadaa as ta– ça . obre os luzidios solhas do sa– lão vastíssimo onde realizaram o-ra n– de bal-masqués, tomba:l.os 0 nnm fôfo tapete de confellis, jazem con– t undidos, modorrentos, P ierrets e Mephistopheles, Clowns e Colombi– nas, Poli chi nelos e Dominós, Arle· quins e Bébés. ~Momo ,·ecoll,e os 911•sos eas [anfa1·,·as, a Quares1i1a rle nll,a,· t·a90 e 111deciso la119e oryaos e emmudecc au,·cas r1uitan·as ... » como obs!lrvou o poeta.. Quarta-feira de cinzas... O epi– logo, a tregua da Ali>gri a estul ta, que se esbofou em pilherias e di ·. chotes, para ceder, desbancada o seu deli rio ephemero , á s uavid~de branca, ly rial,da Oração e da Crença. A Alma persignando-se timid a, precauta, para a re a; a bocca im- pura estygmatisando-se em cruz de cinza, para confessa r os erros da carne; a gargant a sem voz, que n ií.o cede passagem ao minimo alimento, ante de haver deglutido a divina ho tia cammungante, orando; osges– ~o mysticos das mãos poslas; os Joelhos dobrados; os olhos genufle– xos. Mascarados ridículos, lavando os rostos caracterisado , para cracig ia– rem com a agua bemdita a testa glabra· a mal grotesca de multi– p io "J acks' •, que desperta i>stre– munhada, convalescente da iebre ep iletica da algazarra. do pezadello da ventura, para a realidade carras– ca P. traiçoeira da Dor e do l'ed io. A carne QU!l baguei", para eleva– ção e piritual da Alma. Dia das ci11- ::as . . . E's bem um symbolo succin– to, cheio de angustio a philosoph ia h umana; és o defi nitivo «ba t a! , , com que a Vida alarma as oiças imprev idente dosSonho e da P han– tazia : és, me mo, a Cinza das Hora ,e perdiçadasestouvo.damen– te, o residucs comburidos, calcino.– do do. ill u õ.o de, prazer , qne nos põem á bocca, a re aca e o nojo, resultantes das pantomimas carna.– vale cas. · Bem que a jograli dade sentimen– tal-romantica ila comedia e do me– lo-drama, trouxeram até os nos os dia , as figuras tradicionaes de Pi– errot, Arlequim e Polichinelo, tite– ri ~ados pelas mãositas ageis de Co– lombina. Pierrot é o timido sonhador, filho e purio do bufarinheiro austero, que entra em acena todo empoado de trigo; Polichinelo é o insensato es– croc, sunupiador dos talher~s, das pratas do banquete; Arlequim é o ,Jandy, elemento eleganlissimo do A SEMANA Barão do Rio Branco A d _ata d e an te -h ontem reo is to u m a is um ~n n o do pra n tead o de c: appa r ec imento d e Rio B r·a n – c o , o i mmo·r ta l e extraordina– rio pat r io t!=l que prestou a o Bra sil s e r v iço s d e inca lculave l vali a, t ã o in co rn parR v eis que o t empo d eco r r e e 1n:üs la s t ima ca us a o desa s tre immens o d e sua p erda. João Rodrigues Filho Registamos lec irn e n t p ezarosan-1ente o .fa l– n esta º.• o ccorr1do ha d ias Joã o F{ig1~al, do inditoso moço o seu rigues F ilho, que d1=1vA. concurso . como diri a esta revista charadisti~;ntB dd :11-ossa s ecçÃo quedesappa~eceº riques Filho, mocidade es er noardorde un1a pre dedicadopno ª;:uçº:31':l• foi sem- t . x1 10 que nos pres ou 1ntelligentement e. 278 1 278 ( 27 8 1 E ' o apparellto televhonico da "A SEL1 ANA" •••••••••••••••••••••••• grand mo11 d, conqui tad,ll' e fidal– go; Colombina é a mademoiselle de nosso t.impo, fu t il e ba ndole ira, sem out ra preoccupação que a de in crever no seu carne[ de baile, nomes de almofad inha de alta li– nba o-em e pose ari tocratica. A sim, Pierrot é o Visi<fn ario me– lancolico, perseg ui ndo n as e piraes de s uas C'h imerus doentias, a ima– gem de Si Iene, a ilhueta resvaladia e esq ui va, vo latil isad a. p lummea. de ()olombin n; P c,l ichinelo é o despei· tado ; Arleq uim é o D. Jnan ; Co- lombina é a prince a do fl irt. · Diz a lenda, ter Colombina fal se– ado, entanto, ao rom ant ica Pi er– rot, accedend o á prome se fa n~to– sas de Arl eq~im. Tal vez a. im não seja. O tím ido ai;a ixonad o não fo i trahido pel:i •·pe rfida e ingrata a– mante"; P ierrot , com a sua alma de artista, adiv inhou a organi ação t o– da materi al de Colombi na , e, «por sa lvar seu Ideal», tra passou o idolo de sen id eal ismo á Lua indifferen– te , contemplando-a extactico, no •azul setim da Abobada infinita», cantando-lhe as suas enternecedoras serenatas, e.o seu violão pl angente. Pierrot deve ter s u pirado este ver ode ül eo-ario :Marianno: «o amor não vale nad a . .. ;, Muitos chamam platonico, t o· lo. ao amoroso per onagem de cara enfarinhada; opinando , sempre, pelo typo fi no, da phantazia pintal gada de losango multicores. Mas. eis a verda de : na quar la-feira de cinzas, se Pierrot fica mais t riste e padece tedi o.;; incoe rcíveis, A rl i>q uim «. offre mais» ;o Sonhador emb renha- e pe10 eu Ideal, evoca e sonha, vh·e a aud ade: eo preten o conqn i ta dor , mi>smo tende, Colombin a no bra– ço , n ão sabe e aquel la felici<lude. <•é o bem comm u1n de dois". Berí lio :N[arq u es ••••••••••••• •••• • • ••••• D epois da victoria , que ha p o1tco a lcançou o grande bru– sitei1'0 Edú Chaves , o m aior l!Conteci rnen to da época é a in0;Mgiir~ção das Officinas Gra- 111tu:as d A. Seman ... , á Ira· vessa 7 de S etembro, 33. 2 7 8 E' o n~mero d~ tP.le- phone que v. exc. deve_ pe_dir quando desejar se d1r~g_1r para a redacção ou officinas d' A SEMAXA.

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