A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.150, fevereiro

Anno IV Belem, 12 de fevereiro de 19 21 * Num. 15 o REVISTA ILLUSTRADA R.EDACTOR•CHEFE 1 DlRECTOR·PROPRIETARIO \ SECR ETARIA. ROCHA MORElRA ALC.lDES SANTOS E1"'Ell)A COS1'A 33-TRAVESSA 7 DE SETEMBR0 -33 TELEPHONE, 278 REOACTORES REDACTOll AllTJS TlCúS Blanor Penalber lUarloa Hesltetb " LABOR OMNIA VINCIT Henrique Barradu - A era do nosso conheci– c.Yr mento a brilhante cultu– U ra de Juli<;> Çosta come mestre do D1re1to, a sua energia mascula _d~ h~me~1 de ·acção e o espmto _ -~ <;>I • dem que plasma nelle a in– dividualidade de Ul!1 ~º!nem não afiliado aos dp n_n~1p10s e idéas d• ,., acomo at1.c10.s. Quando juiz de dtre1to, ao _ lhe confiada a tarefa de ser· . C · · l creár a Reparl!ção n1111na . de Belem, elle com essa for- a de vo,ntade e .º ta~to es– ç •aJ que é o mais brilhante pec1 . . d attestado de um espmto e organisador,. desempen~ou-se tão bem da mcumbenc1a que todos viram no seu trabalho a obra de um ho111e~11 talha– do para taes co111mett1mentos. Em se tratand'J de homens e trabalhadores ha (lUem acredite melhores os fructos das a_rvores novas do que ,.quelles que produze~1 as que énvelhecem. A acuidade e a sabedoria, porém, não )odem ser privilegio de uma ~eterminada edade. . . Na taba dos nossos md10s, quando reunia o ~arbeto, _con – selho em que tinham 1_~ge– rencia ;ipenas os anc1aos, para discutir os destinos da guerra, alguTas vezes um guerreiro moço era admitti– do a discutir as probabilida– des da victoria, justificando os velhos moacaras que no corpo c o joven residia o es- . pirito de um abaré. «O espírito e a almd, _dizia Smilles, dão quasi se mpre na mocidade as arrhas de suas qualidad es futura s, e, c0 111 - .quanto muitas plantas flore s– çam tard e, é na primave ra e no estio da vida que e ll as nos dão sua~ fl ores, de pre– fe rencia âO outomno e ao in– verr.o.,., A respeito de Gold'S111ith, en tretanto, disse Johnson :– ~Foi uma planta que flo– resceu tarde, na mocidade nada fez de notaveb Se nomeações ;=tcertadas fez o novo governo, nenhu– ma, entretanto, o foi mais do que a de cht=>fe de seguran ça publica. Em uma duzia de dias, apenas, é já vultuosa a somma de serviços do espi– rito culto e recto que vela pelo socego e pela ordem no Estado. Adernais, o que torna mais acertado o acto do governo não é a já brilhan~e se rie de medidas tomadas pelo novo chefe de policia, mas sim as que virão com o succeder dos dias. O pessimismo, porém, em– bota a alma da nossa gente . . ' ' pessurnsmo até certo ponto justificado com os erros e falhas de auxil iares dos go– vernos E' que, em gera l, nos prt•• meiros <lia;; de ulila direcção ha semprl ésse feruet-opiis que, in felizmente , pouco ~ pouco arrP. ÍP.ce , não sendo mais que a fulgente aurora pro – mettedora de um luminoso dia, que t-' nnina por tarde tempest I a e sombri a. Msis com Julio Costa nã o ha illu ~ão de que as~im seja. Persolllficação respe1tave l de labor e tenacidad , espi rita cult? que não envelhece, or– gaD1sação de home m alheio a canceiras e fadigas, o novo chefe jamais dá treguas ao trabalho, sendo qu':! foi para os homens como elle que São Francisco de Assis teve este sabio conceito:- « t o traba– lho que faz mostra o ho111 e 111 qu:rnto sabe». R . :M

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