A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.148, janeiro

Um paraense no Recife Alf•grou nos a not•c in. 'de que o nosso talentoso cor,tfwraneo, o dis· ti ncto clinico dr. lJionysio Be11tes de Carval ho, foi nomeado d irector da HygienP. P. S11í1de Public,i do Recife. U,n dos mais brilhr ntes ornamentos do CGrpo med;c,> pn.raense, o d r. Dio ny-io Bentes de Carvalho, nu s ua. permuncncin. nestu ,·..pit nl, de– mon~t rou o vol r por que se desta !a, sendo, n.o ingre~snr n:t ~ociedade Medico-Uirurgica do Paré., elert.o una nimemente ~eu orador 11íti,:ial. C'omo colluhorudor da uE'olhn du Norte», teve opp,,.iunida:'le de st>r nprcclu<ln o el,,giud,, honrusa,uente por quantos leram o~ ~cus fu lgu– rantes t rnhnlhos. Deixando sua terra natal, ha. pouco mnis de 11111 a11 n11, 11ii<> lnrd,Ju 1 , J J f' 1 r ~ L Dr. D!1011i.çio Bei;lcs de Carvalho que fossemos s urprehen1Uos com n acertada escolho. do dr. J osé Bezerra, aovernador de !'emnmbuco, colloc.1ndo o ti. d irecção de importante re– partição. Nel'Sll elevada funcção, onde s/i tem exercício o~ espíritos ~_uitos, o nosso presado conterraneo, quP. é fil h ) do s r. Amaro Curvo.l ho, digno e honrado conferente da nossa Alfa ndega. vae ter ensejo de enaltecer o nome d e s ua terr11, de q ue, aos 2(1 0.11 110@, j ó. é um fi lho 1 ill nst re. S. s . é sobrinho do nosso opero~o conterrdneo d r. Dionysio Ben~es, 1·epreseutante pa.-aense na CamRra Federa.!. palavra cande nte e ao mes– mo tempo sonora. N'•co Fogo", vestindo-se com a imagem de S te llio 1 tece epin icios ã Bellcza, immorta– liza a Fórma, retrata os at- tractivos da existencia . . . Em F iume, a rrastando os com– patricios com o seu verbo inspi rado, .o poeta eng rande– ce e culmma os princípios da Liberdade, marchando para me mJ rav<>is comme ttimentos: Se o t ratado de Ra pa llo puece importa r na d r rotà do grande b;inlo da ltal ia, as– s im não acontece, porém 1 D'Annunzio, com o fim que teve o seu feito e m Fiume não f, i absolutamente apt i• ado d o seu pedesta l de glo– ria . Incomprehendidopor mui- 1 tos, e U-e prefe riu sacrificc.1 r o Sf'U S<'nho magnifico a ver immo lado pe las prop rias hos– tes patríc ias. Fiume, a i,.vi- . c ta cidade sitiada. R('gressando agora ao si – lencio da Theba ida, oara o descanço, .apó:; os àiâs tor– mentosos da gue rra, queda r-– se-á essa oqr,anisação brilhan– te de trab,llhado r r.a ine rcia? Que: assim seja não é dad() c re r. Os homens da tempna do celehr ado vate ita liano nã11s e pod~m votar á apa th ia. De111ai~, quem melhor do que d le p::ira pintar num pu– ema immo rta l, em paginas de fogo, os dias t ragicos da c11n– (h1grnção e a vict•, ria <l<J Pa– tria ?-Quem debuxaria ao vivo numa tela. immorredoura, as façanhas dos a lpinos, o deno– do <los bersaglieri, o a rrojo dos hf' róes do a r com ma io r p e rfeição do que e lle, que tomou pa rte acliva na funes – ta hecatombe? Para d ize r d ;is te rras uber– nmas da Lo 111bard ia, quasi dPspovoadas, á ap proxima– ção dos invasores, quem me– lho r do que o poeta gu<> rre iro? Quem d iria df:' maneira ma is flagrante do que o po– e ta e le ito, desses já celebrt's corséis de bronze, que o rna– mentam a basilica de São Ma rcos, descendo mais uma vez da sua peanh~, quand~ as ba las destruidoras se av1- sinhava111 ? Seja como fo r, embora o sonho do poeta-s.oldad? n~..; fosse uma g rande realtdadt>, seus fc it0s passarão á postt-!• ridade e ninguem lhe a r ran– ca rá á fronte, a corôa de g loria quP. a cinge'. D'Annunzio é irnmortal. B.. :M.

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