A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.147, janeiro

~··lrD~ . /4 :. . . ' /. ' .. . ... ~ ·' . ', . 1 •.' •• -~ ~ •~:··\ r • . -~----------~~-=-==~===--------=-::::;;;~ r · P1errot P ierrot está triste. Existe Qualque r coisa de anorma l Na sua ironia tris te Velada e paradoxal. · Sobre a peJ.le de a lvaiaà_e, Pierrot tem alma tambein Não comprehende o qt,ie é a saudade, Mas tem saudades de alguem. Não é delirante, infrene, Como Banville o sonhou E' o bom Pierrot de Verlai11e O pobre e triste Piel'r'ot .. ·. Atoleimado elle passa ... Quem o viu e quem. o vê ! Fuma um cigarrq_. porque As dores vão com a fumaça. Seus olhos que não dormiram, Soffrem angustias mortaes De uns olhos que nunca v iram E que nunca hão de ve r ma is. S e.gue oscillante. Pá'rece Bebedo. . . Pobre infeliz ! Quem tf: a mou não te conhece, Não te qL1e r mais qu em te quiz. 1Tilintam guisas . . . Peduma O ambiente um che iro que vem. D e uma silhueta de .espuma Do s uave corpo de a lguem. Segue o ru mo da fumaça Q ue P ie rrot deixou pelo a r, Passa e po_r onde e ]la pa$.sa, Canta muswa no andar ... ÜLEGARIO MARIANNO. SORRIS OS . .. Ol,HARES ... PALAVRAS . .. Elle é o que Sf-' p~de cha1~1ar ~um p i1:ata» ! N ,, a vale r · cinco, seis, uma dus,a ou amor.... , ' · duas de uma só vez. Agora, então é que o dr. augmentou a lo- tação dos seus flirts. Em Nazare th ,, p rcncl e-o dois graciosos olhos estrabicos. ~ · E ás 9 horas, é infallivcl a estadi;:a. de lle . lá no canto a espre itar. ,,Fitinha~» e ma is «fiitinhas», de todas a.s . cores e de tod"'s as la rguras. Ü lll pandego esse tal s r. Mlle. arranJOU com miss Mephistophek s um '1ab1•as-corp1ts. E o tr.ve -porque nós a es– tillla lllos bastante e sympathisamos com o cavalhe iro de mlle. Por isso·con-· cedemos tréguas, por tempo in– determinado. mas. antes disso, mlle., «cuidado com os alfinetes · indiscretos e ruins ! ! Cinema Qdeon. 1.ª sessão ... De espaço a espaçodois namoradJs, Um casal de negro! Elle viu vo, não ha se is mc– zes. trajando ainda lucto. Elia, tambem de lucto de um pa rente. E emquanto a fita passa, o f/i, t continúa sempre. Quando não é ocinema conver– sam á jane lla e p«sseam juntos... Lá tem razão o poeta: Amo r que parte-nunca ma is nos voll3, Amo r que fica- não nos lembra mais. Ao q 0 ue soubemos, deve sahir no proxi1~10 domingo de ca·rnaval, um g rupo <le «me lin– drosos», do qual fazem parte os seguintes: Dr. Alcides Gl 0 ntil. 1 phar:tasiado de r\ . Es– caff; o Genaro Ponte Sousa, de mme. Ven– tura (do Circo Inte rnac ional); o Abela rdo La– ranjeira, de Justini,rno de Serpa Filho e vice-. ve rsa; o Remigio Fe rnandez de Pe regrin o Ju– n io r. . . O Eduardo Pe re ira de A manajás Filho. Ao que ouvimos, esse cordão será o ctou <l~s festas carnavalescas.

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