Boletim Oficial de Instru. de OUT a DEZ de 1907

502 BOLETIM apparelhados para a lucta pela sciencia e pelo dever, os novos phar – maccuticos que são a prova da bencmerencia d'esta instituição. Nüo escapará, de certo, a a lg uem que possua rudimentares conhecimentos d e vida pharmaceutica n'esle Estado, a alta conve– niencia que, no inte resse da populaçüo, impunha a creação d 'esta E scola. Ao nosso governo que, por outros muitos títulos mais se im– põe á gratidão cios seus concidadãos, salientando-se sempre pelo meticuloso .afan com que investiga os problemas referentes á saúde publica, não podia passar despercebida a enorme lacuna que este es– tabelecimento veiu preencher. Se d escontarmos raríssimas excepções, .é força convir que cons– titue serio perigo e uma ameaça a sagrados interesses da p opula– ção, o modo por que é feito o serviço de muitas pharmacias entregues a rnüos incompetentes de individuos sem o menor quinhão de ca– pacidade moral e profi ssional, Arra ncar, pois, aos ignorantes os utens is da Arte, para entre– gai-os a cultores aptos , competentes e compenetrados da responsabi– lidade s agrada qqe lhes pesa sobre os hornbros, tal foi o eseópo socio– logico visado na creaç{lO d"esta Escola, e, tal é n aspiração s_incera e nobr e que a todos nos anima, clcsiclerntum que de pouco em pouco se vae transformando cm realidade cfficaz. l\Ieus senhor es , entre as profissües todas, não ha talvez, uma só de g lorias ma is obscuras do que a que acabaes de ab raçar; todavia, poucos s[10 os que exig-em tão g rande amontoado de concliçües buas, requer endo tão avantajada somma d e dedicaçào da parte dos que a professam, . A vida do nosso sirnilhante, a saúde publica e os serios interesses que nos são confiados, collocarn a nossa Arte entre a s mais importan– tes na esphera da aotivi<lade humana; mas, essas exigencias collecti– vas impoem em compensação, a vós outros, senhor es pharmaceuticos, dever es rigoros issimos, os quaes nenhum poderá illudi r, sem tra hir a missão e mentir os compromissos livres e solemnemente acceitos. A profissão p harmaceutica seria uma profissão esteril e apouca– da na elevação, se ella parasse nas ráias da applicaçào das sciencias physicas, chimicas e naturacs ás preparações dos medicamentos, ha, porém, a lém dos con hecimentos t ecbnicos, os d ev eres de ordem moral e progressiva que a illuminão , en nobrecem e valorizam, exig ind? de quem a. exerce o alliar a paixão da sciencia á ambição de melhoria e legitimo amor pelo bem-est.'.L geral d a huma nidade. . O facto de ser mis!'àO mais séria a sua impõe ao pharmaceut1co o dever de uma conducta inatacavel em todas as relações de sua vi– da e mais um caracter integro que s irva d e garantia ante os seu con– cidadãos, interesses de 01:dem superior, sujeitos ao seu zelo, pericia. probidc1de e r espeitabilidad e. Meus senhor es, pedindo que acceitcis amistosamente os meu_s adeuses, desejando-ros farta mcs~e de prospe ridades na vicia publi– ca, ag radecendo penhorado, a captivante attençáo com que semprn o u– vistes as lições dos professor es da Escola, e o r espeito com que vos hou vestes, manifestando assim gentileza e cumulando vossos mestres de satisfacções permittireis para concluir bem, me utilise das palavras de outrem, do sabio eminente M. Virey. <Ü verdadeir o pharmaceutico

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