Boletim Oficial de Instru. de OUT a DEZ de 1907
492 OFFICIAL nador do Estado tendo {L direita os srs. senador Antnoio Lemos, chefe da communa belemense, major Licínio Silva, direct.or do O Jornal, dr. Heitor Castcllo Branco, director da Escol!l. Normal; e a esquerda, os srs. dr. :firmo Cardoso e Almerindo Silva, director e secretario do estabelecimento, Em seguida foi aberta a sessiLO procedendo depois o sr. secre– tario Almerindo Silva a leitura elas notas obtidas pelo diplomando nos exames finaes. A este acto seguira.m-se a promessa solemne do bacharelando e a collaçã.o do respectivo pelo director Firmo Cardoso. Uma sal– va de palmas echoou pelo recinto nessa occasião. Teve a palavra o paranympho do diplomando. Occupando a tri– buna sobre a qual Sb destacava o estandarte do gymnasio o reve– rendo conego João Crolet, nosso distincto collaborador, proferiu for– moso e brilhante discurso que durante cerca ele dois quartos ele ho– ra dominou completnmente a attençiio do auditorio, composto de conhecidos cducncion istas r. homens de imprensa. A bem urdida oração do nosso presado cooperador nos seus me– nores detulbes foi a seguinte: -Exm. sr. representante elo sr. dr. governador do Estado, exm. sr. senador intendente municipal, exm. sr. representante do s1·. ar– cebispo, minhas senlioras, meus senhores: A antiO'uidacle leg·ou-110s um costume pueril mas commoveclor; o ele fazer das estrellas mysteriosas riscos de união entre os amigos que a distancia separa e que vergam ao peso da aaudad~. -De todos os pontos do Mar interior dizia Erynna, poderás ver, a brilhar no cimo do Olympo o signal scintillante d'Orion. Os nossos olliares convergirão para os astros longlnquo&; e, apezar dos fados contrarios encontrar-nos-emos ainda na luz serena, no raio consolador. Limitar-me-ei nesta solemniclade a reproduzir o gesto hieratico da sacerclotiza atheniense, apontando aos que vão desligar-se deste estabelecimento a constellaçiio, alvo commum das nossas aspirações: o ideal que illumina os horizontes do mundo e cujo eclipse, parcial que seja, determina o aviltamento dos indivíduos, a decadencia das nações e da sociedade. Ao ideal, como todos os deuses, não faltaram no decorrer dos tem– pos, as homenagens e os insultos, os fiéis e os atheus, os 'arautos e os apostatas, os altares como os patibulos. A blasphemia o negou; o sarcasmo o insultou com o sorriso e a gargalhada; a dialectica o atacou com pezados argumentos. e Quem quer descer commigo, escreve o pessimista allemão, ao mesmo tempo autor satyrico e philosopho, no l!Ombrio abysmo, em– pestado pela mentira, onde se fabrica o ideal?> Pensadores supediciaes, baralhando as nações, obedecendo ao prurido de dizer cois~s novas, cedendo ao desiquilibrio mental que )
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