Boletim Oficial Instrução Pública de JAN a MAR de 1907

OFFICIAL . dona Palmira ~foreira; pelo sr. senador Lemos, ii. dona Ignacia . Azev!ldo; pelo ·capitão Cassulo de 1fello, à clona Otília Schuterschitz; pelo dr. Raymundo Tavares Vianna, á dona Adclia Lacerda; 11elo desembargador Thomaz Ribeiro, chefe de policia, à dona Cecilia da Conceiçito. Ao receber o seu titulo cada alumna offerecia um lindo bouquet à auctoridade que lh'o entregava, ceremonio. que provocava-palmas da assistencia. Foi cnttio dada a palnyra ao nosso collcga dr. 'l'ito Franco, . paranympho dos bacharelaudos. Durante cêrca de meia hora o nosso talentoso companheiro conseguiu ter presa a attençii.o do audi torio, clectrizando-o com a sna palavra quente e empolgante. Cheia de imagens soberbas, a fluente oração de Tito Franco sensaccionou a assistencia que acolheu as suas ultimas phrases com estrepitosos applausos. Terminada a brilhante peça oratoria de Tito Franco, ouviram-se os formosos accordes da. Patr11llw 1 urra, pagina musical de Michiel. Em seguida subiu :t tribuna o bacharelando Antonio Diniz, que visivelmente commovido pronunciou o seguinte discurso: Para nós que acabamos de realisar uma das mais nobres aspi– rações, e para nossos mest,res que vêem uão serem baldados os es– f9rços que fizeram, ensinando-nos o verdadeiro caminho a ;,eguir em busca do saber, é a data de hoje toda de jubilo. Após uma lon– ga jornada por estradas escabrosas, tendo como guia o bom mes– tre-cstrclla espcrauço&a que brilha no céu azul da mocidnde--é com prazer que olhamos para a parte decorrida, oncle jazem os obs– tnculos vencidos. Collegas, não esmoreçamos com as difficuldades que nos appa– rer;am no estudo; elevemos prosegui1· sempre na lucta porfiosa, que a victoria nos confortará. E' difficil batalhar, mas é bello vencer. Senhores, o homem pelo simples desenvolvimento de suas fa– culclacles es.tii. apto a elevar sempre o seu pensamento e a aperfeiço– ar cada vez mais a sua intelligencia, concorrendo assim para o de– senvolvimento da instrucção, condição do progresso e aspiração su– prema d<' homem. Resulta d'ahi que a instrucção deve ser }Jrogressiva, como a marcha natural do espírito humano. Limitar a cducaçiio da gera– ção actual aos estreitos 1ireceitos da sciencia feita e acabada, redu– zil-a aos limites ela sciencia de nossos pncs, é desconhecer a dis– posição do espírito humano, é condemnar ao racbitismo o que é feito para c1·escer, é plantar em uma estufa a arvore destinada a descn- . volver em pleno sol. Mas semilhante_aberração, que consistiria cm abafar a instrue-· ção sob os programmas tradicionaes, não teria por unico resultado

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