Boletim Oficial Instrução Pública de JAN a MAR de 1907

• 236 BOLETIM men: «Um eclificio não se constroe com uma só pedra e de uma só yez; os materines vúo-se accumulando pouco e pouco, .i proporção ela empre za. O progresso humano est.í sob a cond ição cl'esse prin– cipio; e quando se apresenta é, muitas vezes, resultado de gera– çôes inteiras». ,\o ~ortc-, poi~, senhores, no progTessivo Norte, as nossas mais vchern<'ntes saucl:u;ões, quando assistimos t:1o magestosa cerimonia, em que, vós, senh ores dou tores, sois os mini_stros. Sahis do recinto pacifico de um templo para o grande scenu– rio das lides publicas, contluzindo, não ramos de arvores sagradas como os discipulos das Academias de Platiw e L akydés, mas a norma s,tbiu e austera elos homens tio Direito:- 811stine pro .f 11sti - · tia certami11a, custocli liioe111 atq11e i11 Pa e.c.çeq11emla sempre ratio- 11em et p1iblic111n bo1111111 perspecta habea.~. Aspimçi"to suprema dos povos, scnhoreg cloutores, desde os dia!:. mais longiquos, tem sido a da diffusfo elas leis como alavan ca protectorn 110s combntes da !neta pela Yida... · Emquanto os n:onarchas de Babylonia e Suze se .cscon•<liam mysteriosos no fundo de seus palacio, , os livros de Moysés ernm li– dos uma vez por nnno nos !are~ ele Israel pelo chefe ele fa(llilia , contrito e reverente. 03 at.henienses, pressurosos, corriam aos por– ticos da Agorn pa.ra ouvir o archonte publicar as regras elos juízes, Os romanos, depois de gravarem 110 bronze as suas leis, forne1 apprendel-as dos labios eloquent,issimos ele Cicero e, mais tarde, a s transfund iram n 'esse grande monumento que o seculo XX esclare– cid:uneute ainda respeita-sem clespreza1· a luminosa cscoln dos constrnctol'es cio direito eg-ypdo e chaldaico ( l). A Europa, das éras pasrnelas reduz a escript.o vs seus costumes até que o Cude Cet 011vraoe immortel q11'au. 111-üic11 dr, ses sages A daigné Mnsacrer par ses nobles su.ffmges Celui q11i pe11t mfJuvoir cí son grt! l'Univers (2) foz surg-ir toda essa, corrente de codilica~ião cujo termo é hoje o Codig-o Civil Allemfw! (3) E é por isso mesmo, senhores doutores, que its vossas vistas re– lembro ter sido a lei, ele que sois custodio pelo gTau que acabastes ele receber, coeva da humanidnde-J11ra inventa metn z11j11sti fa– teare ·11eces11e e,~t-é justamente por isso que 11110 devo n'esta h ora de separai;ão- principalmente porque ainda trabalhamos na confec– çfto do Cocligo Civil, aug·urando se realize a elo Commercial, dei- (1 ) E. Revillou, Droit E(Jyplien ed. 1903. (~\ Prefacio do Codigo Napoleão posto cm verso por Decombcrousse, 1811. (3) Glasson. Ln Codification cn Europe nu XX siccle, na Revtte Politiqrir. et Purlcimentail'e, 1894 e 1895, tom. II, pag. 201 a 402 1 tom III png. 198, \ \

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