Boletim Oficial Instrução Pública de JAN a MAR de 1907
228 . TIOLETTIII tcs lentes cathedraticos: desembargador Ernesto Chaves, ele theoria e pratica de processo : e os lentes snlistitutos : clr. Elyscu Cesar, de economia política; dr, Baptista. Moreira, ele direito publico con– stitucional; e dr. l<~11rias Brito ele philosophia elo direito, dr. Aver- .. tano Rocha, secretario cfo faculclacle e desembargador 'I'bomaz Ri- beiro, chefo de 1iolicia. . Nas demais cadeiras, ao centro, sentaram-se os ~rs. consules e altos funccionarios publicos. Declarou então o sr. de:.embargador Borborenia àberta a ses– são, iniciando- se a ceremoniit ele collação ele grau. O dr. secre– tario fazia a chmnada e declarava a no ta ele cadii bacharelando. Este ia á mesa da p,:esidencia, seiHlo-lhe collocada na cabeça a borla e no dedo o anel,· depois do que o diplomando abraçava os lentes, o paranympbo, os colleg·as, pessoas de sua familia prescn- . tes ao acto, ao tempo em que a orchestra executava uma peça. Os ·assistentes presenseavam de pé, a imponente ceremonia, clur:mte n qual a orr.hestra referida, constitnida por 70 figuras de todas as bandas ele mnsica ela Brigada Milita r, sob a batuta do maestro Ettore Bosio, deu execuç;t0 a um progTammCL selecciona- clo, e largamente applancliclo, ele musicas classicas. · Terminada a colla~ilO ele grau, subiu .í tribuna o dr. Pai va ~Ienezes, que, cm nome de seus rolleg·ns de turma, 11rommciou este cl iscurso : - Exn1·s. srs. dr. governador do Estado, intendente mm1ici – pal de Belém, clcsemba.rgaclor director da Faculdnde, caros mes– tres, clig·nos collegas, minhas senhoras, meus scnhores.-'l'raz-me aqui a generosidade de meus collcgas. Como cleantc elo espectaculo imponente de uma aurora bot·eal a oflnscar os olhos do viajan te, cu me sinto oflnscado; e agora toda a frieza elo men espírito, todo o empanamento dos meus . olhos se clcsfnzem com o deslumbramento cl'esta festa, com a ma- gnitude nugusta d'esta solemnidacle. _ Esta festa da intelligencia tem o cunho ele uma consagra~:ão, é a affirmac;ão immorrcdoi ra ·cio vnlor de nmn instituiçiío, é o co– roamento solemne ele um congTaçarncnto de vontades, é a cxhu– berantc pron1, elas cxeellencias do espírito ele associa','iio. E', sohretudo, n consequeucin bcnefica e soberanamente salu– tifern cio sopro ele cultum jnridica que vem erguendo, por todo o paiz, templos a ]\{ine rva e impulsionando ·n cvoluçfto do direito nacio1ml, accorclanclo-o ele seu amortecimento e soerguendo o ui– vei cultmal desta sciencia, que ti a for(,'a Yiva, a t:onclição exis– tencial cio complexo organismo das sociedades. · Tudo caminha sob o_ impulsionamento de uma mesma força. Quem não estremece e não se anima ão volver os olhos á sequencia infinita dos factos que a historia, comCJ um espelho da . verdade, uos deixa vêr em mésses fertilissirnas de ensinamen tos? _..,_ \.
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