Santarém Album comemorativo do centenário de Santarém 1848 - 1948 Jorge Franco de Almeida, Dr. Eymar da Cunha Franco, Santino Sirotheau Correa

As demais indústrias são ainda rudimentares e com-– põem-se de pequenas fábricas de calçados, de vinhos e vi-– nagre, torrefação de café, fábri ca de gêlo, marcenarias, etc. Merece destaque a usina de Beneficiamento de Algo– dão, instalada pela Prefeitura Municipal com o auxilio do Govêrno Federal. Em prédio especialmente construido para esse fim, foi instalada em 1943 a usina em aprêço, sendo prefeito mu– nicipal o sr. Luiz de Sena Gentil. Após a instalação da mesma, foi melhorada com o assoalhamento do depósito e construção de uma muralha de amparo pelo litoral do rio Tapajós, já na administração do dr. Bernardo Borges Pi– res Leal. Na referida usina, o sr. Edgar Franco, em sua ad– ministração, mandou construir uma grande câmara de ex– purgo, onde seriam expurgadas as sementes num sistemá– tico combate às pragas. O maquinismo desta usina é moderno e eficiente e mesmo com a sensível diminuição da produção de algodão no município ainda é na prensa dessa maquinàrio que é enfardada toda a juta que o município exporta. Constitue uma das principais fontes de rendas da Municipalidade. Nos estaleiros de construções navais dêsta cidade são feitos os cascos das embarcações mais variadas: canôas, lanchas, batelões para os altos rios encachoeirados, etc. ILUMINAÇÃO Primit ivamente, Santarém, como as demais cidades do Baixo Amazonas, era iluminada com os poéticos, po-– rém deficiêntes lampeões de querozene. Ainda hoje po– dem ser vistos nesta cidade alguns postes de ferro que sustentaram a arcaica iluminação. Em 7 de setembro de 1908, pela primeira vez, foi em Santarém introduzida a luz elétrica. Nessa data, o sr. An– tônio Dias Vieira instalou luz no Teatro Vitória para acio– nar um aparelho cinematográfico. Logo após, essa luz veio para a praça Monsenhor José Gregório (Praça da Matriz) . onde se festejava a padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição. Nessa primeira fase , a luz elétrica não havia caido no domínio público. O sr. Vieira mantinha a ilumianção elé– trica apenas em sua casa de residência, em sua casa co– mercial e numas poucas habitações, cobrando a quantia de Cr$ 3,00 por lampada de 25 velas. O motor utilizado nessa tarefa era de 18 HP. O então intendente coronel Galdino Veloso fez, nessa época, com o sr. Vieira, um contráto para a iluminação pú– blica, inaugurando-se esse serviço em 15 de novembro de 1915, sendo utilizado um motor REMINGTON, de 30 HP., que fornecia corrente contínua com a voltagem de 110 volts. Em 1917, adquiriu o concessinário uma caldeira com potência de 40 HP., passando desde então a luz a ser forne– cida com mais régularidade. Em fevereiro de 1922, na administração do dr. Manoel Valdomiro Rodrigues dos Santos, o serviço de iluminação passou a ter como concessionária a firma Franklin & Gon– çalves. Posteriormente resolveu o município chamar a si essa tarefa, adquirindo um excelente conjugado marca SIE– MENS E SCHUKERT S/A., com capacidade de 160 HP. e mandando construir prédio próprio para essas instalações. Esse serviço foi iniciado na gestão do dr. Bernardo Borges Pires Leal e inaugurado na do sr. Edgar de Sousa Fran– co, em 1937. Dessa data para cá o consumo de energia elétrica na iluminação pública e domiciliária tem aumentado conside– ravelmente, a ponto de em nossos dias já ser insuficiente, para o abastecimento público, a usina atual. Santarém possúe 48 logradouros, iluminados atual– mente em toda a sua extensão e 765 ligações domiciliares. No interior do município existe iluminação elétrica em Aveiro, instalada em 1946; em Boim, em julho de 1947 ; em Curuái, em 1932, e Belterra, em 1935. Belterra possúe uma eficiente usina de eletricidade, a qual fornece energia e magnifica luz aos seus varios depar– tamentos. >-

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