A Representação paraense e o problema da borracha: projetos, relatorios e pareceres

-9 a) porque não sómente no Oriente como na Afri– ca já existiam até fim de 1909 cerca de cem milhões de arvores, quasj só de Héveas plantadas por companhias favorecidas pelos governos de suas nacionalidades com capitaes superiores a .í: 30.000.000; b) -porque antes de 12 annos não será possível ter seringueira capaz de dar borracha bem elastica, por– quanto está hoje perfeitamente demonstrado que quanto màis nova é a arvore mais o -leite é pobre em gomma e nelle predominam as resinas; , e) porque os seringaes já plantados no Oriente, produzindo no mínimo 500 grammas d.e borracha po1· anno, cadaarvore, teremos urna p:r:oducção estrangeira âe 50 milhões de kilos; d) porqlilc a producção da borracha no Oriente vae já isso revelando, pelo seu augmento assombroso nos ultimos annos em Ceylão e na Malasia somente, sendo esta a exportação: 1905 - 397.347 kjlogrammas. 1906 - 1.145.430 ditos. 1907 -· 2.645.165 ditos.., 1908 - 4.683.560 ditos. e) porque o augmento das culturas ha de forçosa– mente trazer em resultado, senão a superproducção, que será remediada pelo augmento de consumo, ao menos a consideravel baixa nos preços, de mdo a tor– nar possíveis as novas applicações da borracha, como por exemplo a dos calçamentos; , f) porque a diminuição de preço des['!e producto a menos de' 5$000 o kilo, causará, senão a completa ruina da Amazonia, com certeza uma grande · crise economica que se reflectirá em todo o paiz; g) porque não nos devemos deixar illudir com a crença de que i:l, borracha estrangeixa é e será inferior á nossa em elasticidade e duração, porquanto, como affirmam Lewis, Piat e Lamy Terrilhon: "a borracha do Oriente será egual á nossà, desde que sejam àdo-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0