A Representação paraense e o problema da borracha: projetos, relatorios e pareceres

7 _,_ tas . p,roductoras· de borracha no ponto · de vista cultu– ral, não só quantó á sua_renda, como tambem quanto .ás suas qualidades de resistencia e elasticidade, o que determina seguramente a sua maior cotação nos merca– dos consumidores. Seria uma incoherencia não protegermos nem fo– mentarmos exclusivamente a cultura da especie, dei– xando as demais para a exploração extensiva, porque assim não attingiriamos o fim collimado, qual o de re– sistir vantajosamente os nossos ardorosos e incansaveis concorrentes, os quaes só cultivam a Hévea brailiensis, não por méro acaso-.e sim por amuderecido estudo. A borracha que constitue a mór parte da nossa exportação é producto dessa especie. 3° - Apezar de ainda possuirmos vastos se– ringaes nativos, devemos animar e ~proteger a grande cultura da seringueira, por differentes razões, sendo a principal, a de reduzir o custo de producção de modo a podermos competir corri a borracha de cultura do Oriente. E' fóra de duvida, nos seringaes cultivados, é mais facil e maior a producção, porque um mesmo indiyiduo póde extrahir o lactex de 300 arvores, no minimo, ao passo que nos seringaes nativos não excedem de 150 as arvores trabalhadas diariamente, determinando, pois, esta fundamental circumstancia a diminuição de custo de producção no Oriente e o augmento delle no Brasil. A isto accresce que no Oriente, existem. os tres ele– mentos essenciaes da producção barata-capital, trans– porte facil e barato e salarios baixos. for isso, é possiv1rl produzir borracha no Oriente por um schilling a libra (1$750 o kilo) ao passo que na Amazonia custa 3$500 o kilo, não incluindo os impostos de exportação municipa_es, estadqaes e . federaes, que não existem par;:1.- a borracha do Oriente e as elevadas despezas de transporte. São incontestaveis as vant~– gens do ,grande cultivo dasi seringueiras no nosso paiz é facil de connhecel-as e prevel-as: ' . a) apezar de possuirmos vastos seringaes nativos