A Representação paraense e o problema da borracha: projetos, relatorios e pareceres
- 56 como entre nós é conhecido, precisa das proximidades do mar pa:r'a seu "habitat". A noticia de que em Java já se aclimatava a nossa hevea negra, o seu Ripeau contesta; dizendo que, de proposito, visitára, para certificar-se dessa affirmação, o jardim botanico de Butenzorg e ali se lhe dissera que resultado algum fôra possível obter, poucos sendo as se– mentes qfie tinham chegad<:> perfeitas e aquellas poucas que tinham germinado morreram. Parece, pois, Srs. Deputados, que e'sta preciosa es– pecie ainda é nossa, e acertadamente andaria o Gover– no do paiz, se estabelecesse nas regiões e:r:n que esta in– negualavel riqueza habita, uma cultura regular, á se– melhança do Oriente, no territori odo Acre, no Amazo– nas e no Pará, em local apropriado, para dali medrar o~ exemplo, com aperfeiçoados systemas de cultura e pre- · j paro, como devem ser os adoptados para todas as nossas esplÚ:ies, para irmos assim aos mercados consumidores reivfadicar o nosso l,ogar nessa produ~ção que foi e que deve ser nossa. E' necessario rebahilitar o nosso produ– cto cuja lacuna no orçamento da Republica ainda é do– lorsoamente sentida e se póde dizer ainda lhe desequili– bra a receita. Para isso creemos leis severas de punição contra as fraudes, de um lado, e de outro estabeleçamos premios de animação para os que trou:xerem ao mercado sob forma de crepe perfeitamente limpo de impurezas, o producto, como se faz no Oriente, de onde os "caout– choucs" são trazidos ao mercado quasi qúe promptos para ·serem transformados, dispensando a lavagem atra- ' vés das prensas nas fabricas para transformai-as em len– çóes, como acontece actualmente com a nossa borracha selvagem. A nossa producção cada dia se-vê abandona– da pelos merc'àdos consumidores, mesmo a fina Pará, sem preços, sem licitantes sujeita á especulação dos que nos exploram. Criemos fabricas e a consumamos. Ampare o Governo do paiz, com auxílios indirectos- as tentativas
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0