A Representação paraense e o problema da borracha: projetos, relatorios e pareceres

- 29 - quinquenio de declínio, dencia commercial do 1913 a 1918. em que se accentuou a déca– nosso segundo producto, de 1 Tomando o valor da exportação dos tres Estados productores de borracha, Pará, Amazqnas e Matto Grosso, verificaremos, comparando-o com o de outros Estados da Federação, que só são sobrepujados por São Paulo. (Quadro ns. 3, 4, 5 e 6). Dahi decorre o dever ineluctavel da União de vir ·- em auxilio directo dos Estados productores de borra– cha e de amparar commercialmente o ,nosso segundo producto que .não encontrará tão facilmente um suc– oedaneo que suppra o ouro que elle produzia. E' preciso que se affirme, sem temor de contes– tação séria que, uma vez adoptadas certas medidas que o amparem, o nosso segundo producto•,- poderá manter ·a sua posição nos mercados de consumo, e se é verdade que as qualidades inferiores tenderão a desapparecer, a fine Pará cada vez mais se firmará como imprescin– füvel para a industria pelo seu nervo e a sua homoge– neidade. Uma vez firmado um preço remunerador, o que tambem é de alta conveniencia para · a borracha de plantação, ser-nos-á possivel estender a exploração aos milhões de pés de hevea brasiliensis que ainda estão em reserva nos nossos altos rios. , Nem se diga que a borracha de plantação póde ser produzida a preços infimos, que nã,o serão ~upportaveis pela sylvestre; pois o contrario se está verificando nos grand(;)s estates do Oriente, e não será para extranhar que, mais dia, menos dia, as grandes companhias de plantação colligadas architetem um vasto plano de va– lorisação, a exemplo do que fez S. Paulo com o café e os plantadores de algodão americanos, e de que nós ap:roveitaremos. Toda a medalha tem o seu reverso, diz a sabedo– ria popular, e se é verdade que a plantação systeni'ati– sada da heve,;i, transformando a rude e aspera explora– ção da floresta amazonka em uma operação agrícola

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