A Representação paraense e o problema da borracha: projetos, relatorios e pareceres
- 12 Devemos ainda lembrar de passagem o frisante exemplo do Peru', que já teve o monopolio da explora– cão extensiva da quina nativa em suas floresta!'< e o per– deu. Os inglezes, cultivando em larga escala essa plan– ta nas Indias, tomaram para si o monopolto dessa pro– ducção, eliminando aquelle paiz dos mercados de con– sumo. Egual sorte nos aguarda em relação ao nosso pro– ducto, si tambelh fôrmos imprevidentes e quizermos continuar a viver tranquillos com a posse sómente de riquezas naturaes. ~• certo que o Estado do Pará pe– las leis n. 1.100, de 5 de novembro de 1909, e 1.109, de 6 de novembro do mesmo anno, estabeleceu favores e premios para a grande e pequena cultura da Hévea brasiliensis. E' ainda certo que os municipios de Ana– jás, Melgaço e Affuá tambem já concederam premios a pequena cultura da seringueira, sendo muito prova– vel que outros os imitem. ~ Isto tudo, porém, é insufficiente para abr~eviar a solução de tão grave problema e fomentar afficazmen– te o emprego immediato de capitaes nessa compensa:.. dora industria; porque, nem só a acção do governo paraense é limitada ao territorio do Estado respectivo, como porque ainda não é, nem póde ser ella bastante · efficiente, dentro dos seus proprios recursos, ante a re– Ievancia do emprehendimento que não comporta de– longas em face da ameaça premente que contra nós surge do Levante. Os inglezes jâ prelibam a nossa eliminação dos mercados de consumo d~ borracha. São da Saturday Reviw estes conceitos: "as plantações de Ceylão e das Malayas, mais cedo ou mais tarde tem que pôr fóra do mercado a borracha do Pará." Barkhout se pronuncia tambem muito optimista sobre o futuro da borracha no Oriente, dizendo que "para o proprietario de platações será no futuro abso– lutamente neceasario que a exportação do Brasil di-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0