Primeiras Rimas - Coleção de versos

112 D~ ti , ó mi nha mãi, me lembro, e em lucto_ i\linh'alm,t treme aos ventoR do soffrer; Ah l d'illusõe · eu não goz(mi. o fructo, e nflO me acalenta ~es o viver . E u cur vo-me e respeito o teu vestido -Rôto cilício da desgraça affl.icta– E oscúlo-te o ·emblante dolorido Que da açucena a pallidez imita. A innocencia esplende-te na fronte, Qual outra aurora da manhã no véo, Quanuo me dize n'um sorriso insonte : - :'.\Iamr1 deixou-me, foi viver no céo l Coitadinha ! _ inguem té aperta as tranças E un1;;- te as mãos, á, hora de orações, A desdita roubou-te as esperanças E o magico sendal das illusões. l\Ia, (1uando ouvires o tufão iroso A glwuejar nas folhas do ar voredo, Em que regaço o rost_o lacrimoso Occul larás nas expansões do medo?

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