Faculdade de Direito do Pará. Diretório Acadêmico de Direito. Pontos de introdução à Ciência do Direito. Belém: [s.n.], 1955. 355p.
Assim é que na antiguidade vamos encontrar as escolas filosóficas de Pirrón, Arcesilao, Carneades, Enesidemo e Sexto Empirico. , \ O fundador do ceticismo é Pirrón de Elis . Para êle não há conhecimento. O sujeito não pode apreender o objeto. Como não há conhecimento, Pirrón recomenda a abstenção de todo o juizo, motivo por que, para êle., o ceticismo era apenas uma introdução à moral, como meio de chegarmos à indiferen– ça das coisas : ataraxia (sossêgo>. : Segue-se o ceticismo médio ou acadêmico, admitindo uma opinião provável, sendo menos radical, por conseguinte, que o ceticismo antigo ou pirrônico. Para êle, nunca se pode dizer ·que uma proposição é verdadeira, mas simplesmente pro– vável : é o probalismo . Na filosofia moderna encontramos igualmente o ceticis– mo. Não na sua forma ortodoxa, radical, absoluta, mas sim, um ceticismo especial, apresentando, inclusive, denominações próprias . Dessa forma conhecemos o 'cetic.ismo ético de Montaigne, que nega tôda e qualquer possibilidade de conhecimento moral. O ceticismo metafísico, a seguir, nega a possibilidade do conhecimento da suprasensível e constituiu uma das correntes fifosóficas dominantes até os fins do século passado . :F; o cha– . mado "positivismo", de Augusto Conte, que ensina devermo– nos ater aos dados positivos, aos fatos imediatos da experiên– cia e abstermo-nos de tôda a especulação metafísica. Temos, finalmente, o ceticismo religioso, levando o nome de "agnosticismo", posição fundada por Herbert Spencer e que afirma ·a impossibilidade do conhecimento do absoluto. e) o subjetivismo - O ceticismo, como vimos, ensina que não há verdade ou que não pode haver cetteza do conhe– cimento. O subjetivismo aceita a existência da verdade, con– cedendo-lhe, porém, uma validez limitada. A verdade para êle não é um dado objetivo e sim subjetivo, de modo que o subjetivismo afirma não existir nenhuma verdade universal– mente válida. A validez do conhecimento, assim, está restri– ta ao sujeito que conhece. Na antiguidade o subjetivismo foi representado pela filo– sofia sofística . Sua tese fundamental tem expressão, entre os sofistas, no conhecido princípio de Protágoras : o homem é a medida de tôdas as coisas . d) o relativismo - O relativismo, como o subjetivismo, limita a validez da verdade. Afirma igualmente que não há verdade absoluta, universal. Julga que o . conhecimento é o -18-
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