VIANNA, Arthur. Pontos de historia do Pará. Belém: Empreza Graphica Amazonia, 1919. 76 p.

PONTOS DE HISTORIA, DO PARÁ 72 ças federaes, mas o governo dispunha do corpo de bom– beiros e do corpo de policia, com os quaes não poderia oppôr uma resistencia séria aos batalhões de linha, mas provocar um conflicto de graves consequencias, que era preciso' evitar. Ficou então resolvido que logo á tarde se reunissem as forças e marchassem para o largo de palacio.. Conferencia com o presidente Uma commissão, composta do dr. José Paes de Car– valho, do dr. Justo Chermont e do capitão do 15. 0 bata– lhão de infanteria Marcos Antonio Rodrigues, conferen– ciou ás 2 horas da tarde, no palacio do governo, com o presidente da província, dr. Silvino Cavalcante d'Albu– querque, no sentido de, á vista dos acontecimentos do Rio, ser investida do governo da província uma junta acclamada pelos republicanos. O presidente Silvino não concordou com o alvitre e declarou que só coagido pela força entregaria o governo. Marcha das forças Sabedores da deliberação do presidente reuniram-se os republicanos no quartel do 15. 0 batalhão de infante– ria, para marcharem com a tropa. O major J óão Maciel da Costa fez então formar o batalhão do seu commando, em frente ao quartel e deu vivas á Republica Brazileira, que foram calorosamente respondidos pelos republicanos e pelos soldados. Marchou o 15. 0 batalhão pela estrada de Nazareth – e, ao chegar á travessa Benjamin Constant, recebeu a adhesão do corpo policial, sob o commando do Gapitão do exercito Raymundo Antonio F . de Miranda. D'este modo ficava o governo apenas com o corpo de bombeiros; era-lhe impossível oppôr-se ao movimento.

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