VIANNA, Arthur. Pontos de historia do Pará. Belém: Empreza Graphica Amazonia, 1919. 76 p.

PONTOS DE HISTORIA DO PARÁ 25 1625, o capitão Pedro Teixeira tomou-lhes o forte Man– ,diutuba, no Xingú (mais ou menos na altura da actual villa de Veiros) e, logo •em seguida, apoderou-se do pequeno Forte Felippe ( no rio Cajary ), aprisionando o irlandez James Purcell que o commandava. Os hollandezes persistiram em conquistar as terras de Macapá. Ainda a Pedro Teixeira coube, em 1629, tomar-lhes o forte Taurege, no rio Nlaracápucú ( affluente do Ama– zonas pela margem esquerda). Roger North, ·inglez, procurou vingar este desastre, atacando Teixeira e a sua tropa em Gurupá, mas foi obrigado a fugir sem demora. Como os hollandezes, os inglezes soffr~ram duros revezes na conquista do Pará. Em 1631, Jacome Raymundo Noronha, auxiliado pelo bravo capitão Ayres de Soüza Chichorro, arrasou o Forte Felippe, que os inglezes haviam construido á margem es– querda do Amazonas, entre os rios Matapy e Ananirapucú. No anno seguinte o intrepido capitão Pedro Baião de Abreu, com um corpo de vinte soldados e cincoenta indios, atacou o forte inglez Camaú, situado á margem esquerda do Amazonas, duas leguas acima da actual for– taleza de Macapá. · A surpreza e as sombras da noite coàdjuvaram a sua temeraria empreza; o forte cahiu . em seu poder. Pouco depois d'esta victoria, o c_ommandante do Camaú, Rogero Fray, morreu ás mãos do capitão Ayres Chichorro, defendendo um navio que este veiu a tomar. Tantos desastres abateram os teimosos- conquista– dores; os inglezes não voltaram depois do revez do Ca– maú; os hollandezes, porém, ainda fizeram uma tenta– tiva em 1639, mas infructifera, pois o capitão João Pe– reira Caceres, commandante do forte de Gurupá, abordou o navio onde vinha a tropa, com explendido successo. 4

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