VIANNA, Arthur. Pontos de historia do Pará. Belém: Empreza Graphica Amazonia, 1919. 76 p.
PONTOS DE HISTORIA DO PARÁ 22 de Cametá, com quarenta e cinco canôas, para realisar a grandiosa empreza, no dia 28 de Outubro de 1637 . Depois de quatro mezes de penosa marcha, a equi– pagem começou a revoltar-se e promptamente desligou Pedro Teixeira da esquadra algumas canôas com os re– beldes, dando-lhes por chefe o coronel Bento de Oliveira. Este energico militar, não obstante chefiar o que na ex– pedição havia de rebelde ou suspeito, tomou a dianteira, pelo Amazonas acima, assignalando as margens do rio com signaes de sua passagem. Utilisando-se dos signaes deixados, o grosso da es– quadra chegou á confluencia do Napo (affluente do Ama– zonas pela margem esquerda), supiu esse rio até á con– fluencia do Aguarico ( affluente do rio Napo pela mar– gem esquerda), fundando ahi Pedro Teixeira a povoação da Franciscana que ficou sob a chefia do capitão Pedro Favella. Pelo Napo acima proseguiram as canôas até alcan– çarem o rio Coca ( aff!uente do Napo pela margem es– querda), pelo qual subiram até Payamino, povoação hes– panhola á margem direita do rio. Em Payamino encontraram as canôas de Bento de Oliveira que com a sua gente fôra por terra a Baeza ( povoação hespanhola na costa dos Andes). Deixando as canôas em Payamino, seguiu Pedro Teixeira para Quito, capital do Perú. Ahi os hespa– nhóes, o receberam com grandes festas que duraram muitos dias, e nomearam para acompanhal-o na volta a frei Christovão de Acufia e frei André de Arti_eda. Em 16 de Fevereiro ele 1639 tomou Teixeira o ca– minho da volta ; não por onde viera, mas pela estrada de Archidona, cidade hespanhola sobre o Napo. Pelo Napo chegou a Franciscana, onde Favella o aguardava com o seu numeroso destacamento ; ahi .to-
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