MASSA, Pedro. Pelo rio-mar: missões salesianas no Amazonas. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928. 225 p.
•J d ;arictµ ' CJUt} se a.chava pr~sente .teve ·um freriiitó horror e, de indignação; ·saltou ,em · pé, ~ mou\ a Sllíl, esteira e dirigiu os •passos para a cabana , · Mudo ' c01{10 · u111a .• p9rta sen,1:ou'lse ptrt0 'do 'jogo. Tart1jghi solitita como sempre•~pre– séntou,;:lh; ,:il'nm:,1L ban~eja ,de fol,has de parineira, 'a!gtins tu– bercul9s que .,;pouco ant'es tinha tirado , do . brazeiro, mas o , marido regeito~-qs i~dignado 1 e ·tpinando d~ um tíção ~cce,n-- '' deu o cig.;irro e começou a fumar _pervosa1rie1üe, meneando a ·· ,cabe~ ·e g~sticulanqp. ,;' , ,< ·l - Que tens, rheu ·caro? , ' Urna •p,aforada ,de fwno , sahiu' proferiu': , , , ,. .,, · da b~cca q~e J ' l - . ,'• ' ,- ·, Nada .. , não -tenho nada! ' '" 11 7 _ l\'Ia,s não'! Tu tens ·alguma ,coisa; . . E~tás, doentt ? - ·Já te' c)issç, que nã~ tenho nada. ·Mas. 1• ~ os meu~ pen– samentos são negros, negros com.o a noite: Ouvi o que dizem os Boróros .._ . , · ~ - Que -coisa. dizem? 1 , -' Pensam mal de ti, , de nós ambo's. Dizem que nosso filho é a, caus~ da ,epidemia ..'. Sonhaste p'orventura algumà coisa, de _fêi<i,' d~: extravagante quando elle es,tava parn nascer? , , · . . ,!- ' ' " !)' • 1 .. ~ TamigQi teve um:·sobresalto tal que despertou o pequeno 1 Pioduddo que placic\l-,liente lhe dormia ao .collo: não teve co- ragem -de. responde,1;; , ,, . '" _, _:_ Por que não respondes? insistiu o mar!do. ' :.._.Oh! sim que me vod lembrar dos sonhos q~e tive qua– tro ànnos atrás! ; .. Vou ninar, iJ. creançà qil!_! cho~a e êepois . conversaremos. . . - Accommodou-se na esteira ao latlo do filho e cobriu-o com µm farrapo, r'esto de coQerta dalgum civilizado, victima das ~scaraµmças· dos Borórós. , , Que noite horrivel foi aquella para Tamighi. A ,lucta en– tre o a'mor materno e o te1~10r supers ticioso trnuxe-~ de. àgi-
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