MASSA, Pedro. Pelo rio-mar: missões salesianas no Amazonas. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928. 225 p.

72--.: que zombam da agilidade das onças e da traição das co– bras e serp~ntes, 1são cobardes á vista de uma espingard:t. Tomo. wna resolução; a_pós ter recorrido a Nossi Senhora Auxiliadora, ·embarco en{ companhia dos dois intelizes Tuca-. nos em uma u.i,á (pi-roga) e parto em perseguição desespera- ' da da barca q_ue já ia muito distante .- Na missão, todos os indios com os olhos cravados eni nós, segujam-nos anci0sos emquant0 a _nossa piroga impul– si onada vigorosamente approximav~se da barca dos piratas. A corrida prolóngou-se por •cerca çle uma ·hora; mas. .: afinal alcançamos os piratas: não podendo mais e~capar das n_ossas garras a barca ancorou emquanto nós a abordavamos. ' - Qual não foi po,rém o meu estupor e_desdém quando re- · conheci no miseraver traficante um individuo a quem pou- 1:os dias atrás tinha dado hospedagem e fornecido .remedios ! · Ali estava eHe morbosamente embriagado em meio ,dos seus compànheirçs que nãe ostentavam melhores con,dições. Queria exprobal-os asperamente, mas contive-me e tratei de agir iCórh summa prudencia; dirigi-lhes algumas pa– lavras indífierentes antes rle atacar o argümento e pedir contas das duas pobrns victimas. Estas estavam acocoradas a um canto da bar~ e ao ouvirem pronunciar o proprio nome saltaram · em pé riara refugiar-se na nossa, quando eu com um gesto não permitti e induzi-as a sentar: se novamente. O nosso dialogo e~– tretanto crescia em interesse cada vez maior; duro~ ce1:ca ,de meia hora. V.iJ!l a sab'er que as duas victimas eram çle– vedoras de um pouco de sal, ,algun·s phosphoros •e anzóes, fornecidos tempos ·atrás aos seus: e tudo isso serviu de pre– texto para attenuar é motivar aquelle delicto. Por ·mais qu.e' tu procurasse mostrar-me calmo, via 'que as minhas pala- · vras punham em embaraço os culpados que não as podiam tolerar; assim ' pouco a po'uco · o dialogo degenerou ~ ' l ) ' .!

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