MASSA, Pedro. Pelo rio-mar: missões salesianas no Amazonas. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928. 225 p.
' - Não, ,,não, nada do que dizes, porque lá os boi:is goza(\1 de todos',,os bens-. Os' má'os sim, esses é que· ~offrem todos os males -en~ companhia ,do démoni9 . ' .. ,,. - E então, q~e será feito ele'' meu filho que até agor,a • t~m" sido niáo'? , 1 , - ~ RacebendÔ o baP,tisdio, '~e rn;í.o passará a ser bom.; sua abuà tornar-se-á ' branca como as pcnnas da garça e P.O- : derá go~air de todos os bens. Não é verdade , Luiz que ~er sejaes ti' bapti'smo? ' ' .Í·~ . Já \e disse tantas vez.e:; quf sim/ re~ponde~ o doente. ~ · Ouviste o que diz . Precisa baptizal-o' logo . .,_o pae que até então esta,\la' occupado em prepa:rar um cigarro, interveio na conversação, e respondeu: • -;-- ;Não, não, ainda não; o estad'o de meu f,ilho não é tão grave, e depois 1elle está tão sujo; laval-o-emos e a11,1anh:í voltando, po<l<~rás adminirstrar o baptismo; não te esqueças, porém, de trai;er um lençó vermelho para minha mulhef e um pouco de ·fúmo para mim. ~' ,i Um pensamento _começou~~1e a perturbar: não jria na– quelle procrastinar alguma treta? ! Fiz v,_e!- a necessidade de se adminisfrar logo ,o baptismo, mas tudo ficou com~inado para qua;do o sol marcasse as tres horas da tarde. De facto, ás tres horas, caminhava em direcção da aldeia, levando debaixo do braço o lenço verme- , lhq, fumo e um pucaro <COtn agua para a admin'is,tr,agfo do.· Santo· Baptisino . ' 1 A' medida que me avizinhava da cabana chegavam-:<e mais "distinctos aos ·ouvidos os sons lugubres ·dum canto en– tremeiado de soluços. O espanto não foi pequeno; accelere~ os passos, temendo não chegar •mais a temp~. ~ O popre Luiz jazia por, terra, extrncUdo sobre uma' es– teira, ma'is sujo talvez do que antes porque, da extremidade
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