MUNIZ, João de Palma. Patrimonios dos Conselhos Municipais do Estado do Pará. Paris: Aillaud, 1904. 232 p.
- 229 - Em '1660 tinha o valor de 13° para este, valor que decresceu até zero em 1850; sendo actualmente ('1904), segundo a formula de Crn ls, de 8° 17' para oeste (1). Evidentemente as formulas para o calculo ela declinação variam para cada logar, pois que é preciso crear coeffi– cientes de observação que são differentes para cada logar. Assim é que, por exemplo, a formula ele Littlehales para o Rio de Janeiro cliffere ela por elle mesmo estabelecida para a Recife, sendo no primeiro caso a seguinte : D= 1°, 81 + 8°, 86 sen (t + 348°, 1) e no seg·undo D = 8°, 89 + 9°, 46 sen (Oº 9 t + 356°, 7) Depois ele uma serie ele observações cuidadosas procedidas em 1900 pelos engenheiros civis Raymundo Vianna e Dento l\lirancla, foi verificada que a declinação magnetica em Belem era de 6° 20' para oeste (2). Admittinclo a variação annual de 5' 24" consignada pelo Dr. Paula Freitas para o Rio ele Janeiro, tem-se para Delem, partindo do valor de 6° 20' de 1900, a declinação de 6° 41 ' 36" para noroeste em '1904. . Actualmente a linha de declinação nulla passa, entre outros logares do Pará, pelo município de Monte-Alegre, observando-se que a declinação vae diminuindo á medida que se caminha de Delem para aquella cidade e cresce para nordeste alem della, em caminho para o Estado ele Amazonas, onde é francamente para este. A agulha mag·netica soffre ainda desvios irregulares, devidos a diversas causas accidentaes, permanentes ou não; assim como é influenciada por forças que produzem a inclinação. Deixo, porém, de occupar-me nesta nota desses phenomenos, para não estendei-a mais. (I) A formula do Dr. Luiz Cruls, transcripta e preconisada pelo Annuario de observatorio do Rio de Janeiro é a seguinte: D = 3', 81 + 10°, 85 sen (0°, 8 t - 18', 9) na qual t exprime o numero de annos cleconiclos antes ou depois de 1850 e a epoca considerada, sendo os valores positivos ele D as decli– nações a noroeste e os negatiYOS as orientaes. (2) O engenheiro R. Vianna encontrara o valor 6° 19' e o engenheiro E. Miranda 6° 20', valor veriílcaclo por um prncesso mais perfeito, ntilisaclo conjunctamente pelos mesmos clistinctos profissionaes paraenses.
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