MUNIZ, João de Palma. Patrimonios dos Conselhos Municipais do Estado do Pará. Paris: Aillaud, 1904. 232 p.
NOTA A (pag. 9) Em virtude da noYa Constituição do Estado do Pará, promulgada em 1 ° de Setembro de 1904. foi alterada a lei 11. 226, de 6 de Junho ele '1894, havendo sido creada a lei n. 922, ele '.LO ele Outubro de '1904 que reorganizou os muni– cípios do Estado. O ponto acleantado em que estarn a impressão deste trabalho não perrnittiu mais moclifical' as citações feitas nas paginas 9 e '.LO. NOTA B !pag. 36) Foi já supposição antiga que uma ag ulha rnagnetica, li vremente suspensa , se orientava seg undo o meridiano geographico do logar em que se achava. Essa opinião modificou-se com o andar dos tempos, principalmente depois L[Ue, no seCLllo XV e nos seg·uintes, os naveg·adores principiaram a afastar-se para o occiclente. Christovam Colombo foi dos orimeiros que constatou a não uniformidade da Yariação da agulha mag·netica , que na Yiagem da descoberta da Arn~~ica, depois de um certo percurso atraYez do Atlantico, deixou ele apontar a estrella polar. Sebastião Caboto . tambem observou o mesmo phenomeno nas suas viag ens para o occidente, principalmente nas que fez para o paiz de vVineland. Outros navegadores , que alargaram o cyclo de conhecimento dos mares do nosso g;lobo , tiveram por sua vez opportunidade de fazer a ohsenação do phenomeno de desigua l desvio magnetico com a mudança de meridianos, tanto nos viag;ens do Atlantico . corn o nas do ·Pacifico e do mar Indico, tendo cada qu al collig ido dados para uma apreciação mais larga do facto. Funclaclamente foi estabelecido que ha pontos elo globo, em que a agulha iinantada nãs soffre desvio algum ; como existem outros em que ella se clesYia para Este ou Oeste do meridiano geographico local. · Offerecendo u rna li~·eira nota historica sobre o desvio da ag·ulha ima ntada. diz .\Iadamet que só em 1666 foi pela primeira yez reconhecida a existencia do desYio soffrido pelo iman liHemente su;;;penso. descoberta L[Ue affirma ser devida ao hyclrog-rapho francez Guilherme Denis, dizendo em seg uida . que durante larg·o tempo . apezar das observações de Dampier. \Yalles . \'ancouYer , Phipps, Beautemps-Beaupré e Do"·ine não se po;;; uiu sobre o ass urn pto senão noções yagas . Flinders foi o p rimeirn que methodicarnente estudou o phenomeno e entreYÍu uma parte das leis que o regem . Asseyera ainda o mesmo autor que só mais tarde, com as especulações e obseryaçóes de Scoresby, Sabine, Young . Barlow. com os estudos theoricos de Poisson , trabalhos ele Air:· e do Co,,zité eles camp as ele LiYer– pool e principalmente com os de Archibald Smith edo commandante E rnns. foi creada a theoria elo phenomeno. Em 1823 Barlov.- e Duperre.'·, pela primeira vez, fig urarnm s.obre um mappa-mundi linhas isog_onicas; havendo_ sido imitados por Gau s e \Yeber 4ue apresentaram mappas das referidas linhas para o anno de 1835, nos quaes se observa uma linha ele yariação n ulla. cheia de sinuosidades des,Ymmetricas . passando entretanto pelos polos. Um dos ramos dessa cuna de declinação nu lia, descendo do polo 1' orte entre o meridianos 0° e 100° a oeste de Paris, dirig ia– se o para sul cortando o Canadá e o os Estados Unidos do :\'orte. entraya no Atlantico acima ela Florida, penetraya na America do Sul pelas Gu:·ana . segui ndo rumo sul, cortaYa o equador tene~tre en tre os meridianos 50° e 60° a oeste de Paris , e entrarn de norn no Atlantico, sahindo do Estado da Bahia.
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