MUNIZ, João de Palma. Patrimonios dos Conselhos Municipais do Estado do Pará. Paris: Aillaud, 1904. 232 p.

- 20 - tando o igarapé Serraria, passando terrenos alagados e indo novamente até ao mesmo igarapé, em uma distancia de 2.tS0 braças, cravando-se o marco IX. Deste, no rumo de um parallelo, O E, até 22 braças, onde foi fincado o marco X. Deste finalmente, no rumo de um meridiano, N S, cortando a estrada de Ourem a Tupinambá, até H5 braças, onde foi encontrado o marco 1. Nota-se na parte technica dos autos desta discriminação a ausencia completa de qualquer referencia á declinação magnetica local, não só no memorial como na planta; o que induz a crer que os rumos percorridos pelo Agrimensor que funccionou no processo, tenham sido os verda– deiros. A indicação da escala da planta está incorrecta, pois que o desenho não corresponde á relação de 1 braça por '1 . 000 braças. O mappa nº 2 representa o patrimonio de Ourem, com as suas linhas todas cotadas em urna escala referida ao metro - '1 : 20. 000. Por este mappa se verifica que a medição do agrimensor Hesketh resumida no seu memorial junto aos autos de discriminação elo patrimonio daquella villa, não corresponde á planta apresen– tada; para conseguir fechar o polygono patrimonial, é preciso encurtar a linha de VII ao VIIT marcos de '180 m. ou 81 br., fazendo-a ele 2.828 m. ou 1.338 br.; e em seguida augmentar a linha do VIII ao IX marcos ele 804 m. ou 365 br., fazendo-a de 5.600 m. ou 2.545 br. Quer isto dizer que não é muito subsistente um processo de discriminação em taes condições. No mappa nº 2 o polygono é fechado com aquella diminuição e este accrescimo. Não posso comprehender como o Sr. Agrimensor fechou o polygono da sua planta, existindo taes differenças que aliás ella accusa. O angulo formado pelos alinhamentos do Yll ao Yl[I marcos, com o do VIII ao IX não foi desenhado com o valor de 90°, como se obserrn na planta junta aos autos, flagrante clesaccordo com os rumos tirados no acto da discriminação, rumos entre s1 per- ti pendiculares.