CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.
- tOI 1 um non-plus-ultra julgas-te afinal; Mas si algum dia se esgotar na terra O veio rico e louro que te encerra, Não vai n'isso algum mal! Negro, como me vês, sou necessario, E mais serviço presto á humanidade Do que tu, deus inutil do usurario; Entra e vê na cidade : Férve o rumor e a faina do trabalho, Ergue-se o fumo em rolos ondeantes; Sou eu que a fórja e o malho, E os braços movo ás fabricas possantes! Et... da industria os agentes alimento, Dou azas ao vapor, que em ligeireza Excede ao proprio vento; E si queres mais fóros de nobreza, De mim se géra o maximo portento, A rainha das pedras - o diamante l Julgas-me vil a.inda, ouro arrogante?»••• Em 1869, quando estava no Recife, publicou o seu primeiro livro de poesias, a que denominou - Harpejos poeticos, e é dividido em trez partes: - « Harpa reli– giosa », « Echos da selva » e « Lyra juvenil >>. Ahi estão colleccionadas bellissimas producções, das quaes apresentamos a seguinte, que escreveu quando contava apenas treze annos de idade. A ROSA DESFOLaADA Rosa tão linda para que morreste B assim pendeste para o chão o rosto, Qual serva humilde sua dõr chorando, Patenteando seu letbôl desgoslAt.- 6.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0