CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.

- 43 - MARIA BARBARA Entre a rua São Vicente de F6ra, vulgarmente cha– mada éstrada do Cemiterio; a travessa Quintino Bo– cayuva, outr'ora do Principe e o lado meridional da estrada dos Mundurucús, existem uns terrenos baixos, n~ parte ctccidental dos quaes corre um pequeno iga– rapé. N'este logar, conhecido ainda hoje pelo nome de Marco, é costume desde tempos immemoriaes reuni– rem-se diversas lavadeiras durante todo o dia para o desempenho de seu officio. Pois bem. Ba longos annos e em data que ficou completamente ignorada, dirigia-se para ali uma mulher da classe baixa, chamada Maria Barbara, casada com _um sol– dado, cujo nome a historia não cita e eis que ella apparece assassinada no caminho que lá ia ter. Este crime foi attribuido a um soldado, que por isso foi condemnado á morte. Soffreu o infeliz a pena, protestando sempre que estava innocente. Não havião ainda sido conhecidas as scenas d'aquelle honivel dram.a, até que muitos annos depois, perse-

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