CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.
- 41 - pastoracs, durante as quaes elle prégava, chrismava, casava, baptizava, confessava e conciliava inimizades. Logo no começo da cabanagern elle viu-se forçado a abandonar o seu palacio, pela facilidade que havia de poder omesmo ser bombardeado do mar, tendo já uma bala, no dia 20 de Fevereiro de 1835, feito em peclaço( o ventre de um Padre que, pelo postigo de uma das janellas, observava com um binoculo o que se passava na bahia. A casa para onde mudou sua residencia, ao largo do Carmo, serviu de refugio durante essa epocha tre– menda de crimes e horrores, e n'ella diversos guar– davão o dinheiro que podérão arrecadar. O sympathico chefe dos revoltosos, - Eduardo Francisco Nogueira Angelim, - que havia sido accla– mado Presidente e Commandante das Armag, depoz nas mãos de Dom Romualdo a quantia de cento e tan– tos contos de réis, pertencentes á Thesouraria ele Fa– zenda, que depois foi por cJle entregue ao Marechal de Campo Francisco José de Souza Soares de Andréa. Assassinados o Presidente Lobo de Souza e o Com– mandante das Armas, Tenente-Coronel graduado Joa– quim José da Silva Santhiago, ficárão os seus cadaveres insepultos no largo do Palacio. O venerando Prelado mandou dizer a quem estava á testa do governo que providenciasse no intuito de que os mesmos fossem dados á sepultura, conforme as leis da igreja e o respeito que lhes era devido. Teve em resposta que não renovasse o pedido, que a mesma cousa podia-lhe succederl
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