CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.

- 38- excommungou o cadete, reprehendeu severamente o conego, a quem mandou recolher-se ao convento do Carmo até segunda ordem sua, com a permissão, en– tretanto, de exercer as funcções de seu •ministerio. A pena imposta ao primeiro foi suspensa depois de poucos dias, por haver Dom Romualdo sabido que a provocação partira do segundo. O distincto paraense foi eleito Deputado ás côrtes portuguezas, partindo d'aqui para Lisbôa em fins de Janeiro de 1822, e Presidente da Junta Provisoria do governo da provincia, em s~bstituição de seu sobrinho Romualdo Antonio de Seixas, então Arcediago, que fôra chamado áquelle capital por ser Conselheiro d'Estado. Dom Romualdo assumiu o exercício de seu novo cargo em 5 de Agosto de 1823. Foi elle quem proclamou aqui no dia 15 d'esse mez o reconhecimento á Independencia-, conseguindo com a sua sabedoria e prudencia evitar o derramamento de sangue, provocado pelo ex-governador das armas, Brigadeiro José .Maria de Moura e o Commandante do t O regimento de linha, Coronel João Pereira Villaça. Tendo chegado ao conhecimento da Junta, .,,organi– zada já segundo o novo systema, que em Cametá tinha rebentado violenta revolução, Dom Romualdo offe– receu-se-lhe para ir pessoalmente pacificar os animos. O illustre prelado teve a satisfação de vêr acceito o seu offerecimento, partindo para a mencionada villa investido das auctoridades civil e militar. A sua recepção foi a mais esplendida possível e, no

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