CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.
- 31- os meios, desde a intriga e a calumnia, até a offensa pessoal e a prisão. Elle, porém, acceitava o combate no terreno em que o collocavão. Muitas ciladas lhe farão armadas; mas de todas pôde escapar, prevenido por aquelles que lhe erão af– feiçoados; que tambem lhe communicavão todas as occorrencias, quer da capital, quer do interior. N'uma das epochas em que andou mais perseguido, a sua cabeça veneranda foi posta a premio, vendo-se obrigado por isto a refugiar-se nas mattas. Em uma das vezes em que esteve preso foi depor– tado para o Crato, lagar insalubre do alto Madeira. Baptista Campos seguiu escoltado, com a recom– mendação de ser fuzilado á primeira tentativa de fuga. A embarcação que o conduzia, ao subir o Amazonas e costeando a margem direita, cerca de 90 kilometros acima da fóz do Tapajoz e no lagar denominado Jcui– viranga, teve de obedecer ao signal de parada, rece– bendo em abordagem elevado numero de cidadãos de Villa-Franca, capitaneados por João Francisco Regis Baptista, que fizerão-n'o desembarcar debaixo da ac– clamação de Presidente da Província do Pará, sendo elle como tal reconhecido pelos habitantes de todas as localidades por onde passava ao regressar para esta capital, o que a embarcação foi obrigada a fazer. A sua chegada viu-se coagido a refugiar-se de novo nas mattas, onde adoeceu gravemente e, chegando a receber os ultimas l¼~Pr~w~ntos, falleceu a 3t de De-
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