CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.

- 29 - Manifestando alli as suas idéas politicas, foi logo ac– cusado e decretado a sua prisão ; mas conseguiu fugfr n'um brigue que se destinava ao Maranhão. No dia 10 de Março de 1825 o Coronel Roso o remet– teu preso para essa provincia, com a supposta culpa de propagador de icléas republicanas, á disposição do Almfrante lord Cockraue e com a recommendação es– pecial de não deixai-o voltar mais ao Pará. Gockrane por sua vez enviou o accusado para o Rio de Janeiro, onde chegou depois de uma penosa via– gem de cento e sete dias. Submettido a julgamento, foi não sómente absol– vido por unanimidade, como lambem distinguido com as nomeações de Cavalleiro da Ordem do Cru– zeiro e de Arcipreste da cathedral de sua província, cargo de que tomou posse no dia f O de Julho de 1826. No correr do anno de 1822 a idéa de sacudir o jugo da metropole tinha-se alastrado bastante po1· todas as camadas sociaes, e contava já um partido nume– roso. OConego Bapfü;ta Campos era um dos seus maiores propugnadores ; e por isso o Governador das Armas, .Brigadeiro José Maria de Moura, que tomára posse em 1 º de Abril de 1821, mandou prender o illustre para– ense, além de outros, com o intuito de suffocar aquella nobre aspiração. instaurado o processo, forão todos absolvidos em consequencia de não haver o eonselho de Justiça en– contrado u'elles criminalidade alguma.