CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.

-rn- rar a navegação, o qual consistía em fazer as embar– cações caminharem sempre em linha recta com qual– quer vento, e sem vapor ou gaz, vencendo igualmente as calmarias. O referido cidadão pediu ao mesmo tempo um pri– vilegio exclusivo para o Brazil; como, porem, a Junta resolveu que elle devia pôr em pratica a sua descoberta n'aquella cidade, o incansavel paraense recusou sujeitar-se a essa exigencia, e reclamou a restituição do seu plano, retirando-se para um dos arrabaldes. Durante a sua permanencia ali, depois que chegou a noticia de haver o Pará adherido á causa da indepen– dencia do Brazil, lhe prestou valiosíssimos serviços e grande apoio um inglez, seu amigo, cujo nome não menciona e que o soccorria com uma mesada de trez moedas. Foi então Madureira Pará procurado por um dos membros da Companhia das barcas a vapor de Londres, o qual, com poderes bastantes, lhe propôz as maiores vantagens afim de que fosse para a Inglaterra, e ali pozesse em pratica o seu projecto. O mencionado agente offereceu-lhe um premio de quatrocentas mil libras esterlinas e a patente da in– venção, que elle poderia venderá sociedade pelo preço que lhe fosse conveniente. No caso contrario o distincto paraense seria admit– tido como socio, mesmo sem capital, s6 com o seu invento, mas com lucros iguaes aos outros. Madureira Pará achava-se nas circumstancias mais

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0