CUNHA, Raymundo Cyriaco Alves da. Paraenses illustres. 2.ed., corr. e augm. Pará: J.B. dos Santos, 1900. 160 p.

- f.05 - D'um padecer m f ernal. Da lyra os sons inspirados Não devem ser profanados Nas salas da bachanal l Onde a etherea trnnsparencia Que tinhas no meigo olhar Em que a divina innocencia Se vinha, ó tlôr, espelhar? Do remorso a aza sombria D'esse lago de poesia Turba toda a limpidez; E no azul d'essa pupilla Não fulge mais a scintilla Que fez-me curvo a teus pés t E's bella assim, quem o nega? N'esse marmoreo pallor; Tens na fronte a luz que céga Como do raio o fulgor; Tens do anjo as fórmas inda; Mais que tu ninguem é linda, Nem tem porte mais loução; Porem como anjo cabido Falta o diadema cingido De Deus pela propria mão! Quando o illustre cidadão esteve na Italia,- escreveu a maior parte das poesias das - Ondas sonoras, volume que não chegou a publicar. Annexo aos - Harpejos poeticos - está -A noite do noivado, poemeto em trez cantos e cheio d_e muito naturalismo. Quasi todas as poesias d'este volume fôrão escriptas por elle quando tinha menos de dezoito annos de idade.

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