Operariado Nacional e os novos calabares - 1918

.c6 - \·á lhe desbravar e amanhar o sertão incond íto e ;mproductivo. Para _o traba lho_,_ n_as poucas indus trias das capitaes é mais que su fttc1ente o trab~lhad01- naciona l. Em regra ao menos. Por que moti vo ha . ve mos de entrega r is to ao extrange iro and ejo e ve1-– satil, em prejui z0 do trabalhador nacional ? Porque havemos de a bandonéll-u, sem fome al– o-uma de rece ita, sem possibilidade de vive r, menos– presado e arn esquirhado por e mpresas, cujo prime i– ro dever seria confratern iza r absolutamente com es– sas neç:essidades do trabalho nacional, tão doei! e tão modesto. No Pará esta materia toma aspecto mais g rave, por isso que nem se trata de concorrencia entre o nacicnal e o extrangeiro 1·esidente, que tenha dado prova de seus propos itos de trab~lho pe rmanente. Tra– ta-!'ie de companhias, que afoitamente e criminosa– mente mandam buscar, de fora, gente desconhecida sem estabilidade, sem idone idade, com a qual pre– tendem perturba r a ordem publica e reduzir á mi– se ria o trabalho nac iona l, escola fecundíssima de disciplina e maestria do ope rariado bras ile iro. Isso que essas coml?anhias faze m no Brazil e não fazem nas s uas colonias da Occeania, é uma cousa avilta nte, para a qual é preciso chama r á at– te nç,io do g·oyerno central_e m~smo rle toda_ a soci– edade bras tle1ra, a qual nao pode estar pen clitante na pe rspectiva de g reves, motins e agitações qu e um tal estado de cousas provocaria. ' Não tivessem_os nós á frentf! do governo um homem que respeita o seu 110 111e e sente de 111e lho ,– altura os_ legitimo~_recl~mos do~ ~everes e aspira– ções nac1onaes e Jª tl'! riamos ass1st1do a brutali saçüo de nossa op : rariad.o, como má is de uma vez aC'on– ttceu no amaldiçoado governo que passou ~ cu jas scenas cynicas se não repetem, com a Iad!·oagem, pelo milag re de um ~ó homem. Urge uma solidarisação comp leta· e absoluta e fo rte, po r parte do ope rariado nac ional, a poiado e 1n todas as classes, ,

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