O Ensino Revista mensal de pedagogia, literatura, artes e officios 1918-1919. Jun-Dez

Ruy Barbosa Revesti ra m assignaladu cunh o de destaque as fes tas realizadas em Belem, a 13 do expirante mez, em commemoração ao ·50. 0 anni ve r sa ri o intell ec tual de Ruy Barbosa, o ma io r tribuno, juri sconsul to e esc ript o r do Brasil modern o . A esses fest ej os imponentes, em que tão bem se co njugaram á ini– ciati va patri oti ca do gove rno os e n– t bus ias ti cos se ntimentos cív icos tl os nossos prin cipaes estabelecimentos de ens ino e da populaçãv da c idade em ge ral, não faltaram o brilho e a magn ifi ce ncia das verdade iras de– monstrações nac ionaes. Por parte do I nsti tuto Lauro So– dré, de que é d irecto r, e pel'O ENS INO, nosso redacto r- chefe, dr. Anton io Ma rçal, t ra nsm ittiu ao em in en te b ra– s il eiro o despacho a segu ir: SENAD R RUY BARilOSA- RIO -:-;OME JNSTITUTO LAURO SODRÉ E REDACÇÃÕ Er SINO AUDO EMINENTE PATRICIO EX– POENTE MAX IMO 1, TELLECTUALIDADE BRASILEIRA DATA GLORIOSO JUBI LEU.– DOUTOR MARÇAL. . Julgamos opportuno, por consti– tuir, a nosso vêr, precioso docu– men to para a no sa hi storia litte– raria, tra nsc rever o pr imeiro d iscur– ·SO que o s r. Ruy Ba r bosa proferiu, num ba nquete q ue os li bernes aca– dem icos offe receram a José Bonifa– cio, em S. Paulo, a r 3 de agost o de r868, isto é, ha 50 annos. ' Eil-o: « O Sr. Ruv Barbosa - Senhores! Quando as na.çõcs, já sem arrimo e sem crenças, ex t enuad as pelos ·e~– fo rços de lutas continu as e d e sa ni– mad oras co ntra, as t e nde nc ias co r– ruptoras d a auto ri da d e e d os parti– dos, vêem ca hir uma a uma as suas asp i rações ma is sa ntas, as suas es– pera nças ma is nob res, as suas ins– titui ções ma is venerand as; qua ndo, volve ndo os o lhos para o passado, não e nc ontram s inão urn a are na d e tra ns fo rmações es ter e is, e, contem– plando o fu tu ro, não vêem ma is qu e um ho rizc nte som brio d e incertezas e ameaças,--a Providenc ia, levan– ta ndo sobr e e ll as a mão che ia d e be nçãos, faz surg i r do lodo da mi – se ri a, q ue envo lve as soc iedades, o pr incip io fec undo, a ictéa r ege nera– dora, qu e as ha d e salva r da d isso– lu ção imminente. E' a regeneração moral da humanid ade-o <:hristi a ni s– mo-operaudo no se io da soc iedad e ma is av iltada pe los v ícios; é a re– generação po lít ica dos Estados-a revolu ção franceza, leva nt ando-" no so lo do abso luti smo, para esma– ga r os governos despo ti cos, que opprimem nações civ ili sadas . ~sta verdade, senh or es, li ção e te rn a da hi st oria, acabo u de receber entre nós a c.on ri rmação ma is so– lemne e indelevcl. -Refi rn-me a es– se acon t ecimen to i na ud ito, a esse gol pe revoluc ionar io, q ue, conc ul– cando os ma is s,1gradas le is do sys– t ema rep resenta t1 Yo, suscitou , ao m~sn~o . tempo , a re hab ilitação dos p_nnc1p1os cm noss? regíme n po li– t 1co, a _esse facto_ bnll_1a nte, q ue im– morta!J sou na h1stona d J Bra. il o dia 17 de julho. Com effei~o, senhores, a po li ticn, essa nobre sc1encia, que engrnndece

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